Grupo produz crochê em ESF dos Pinheiros

Na unidade, a atividade ocorre há 2 anos e reúne semanalmente um grupo de 15 pessoas; renda obtida é revertida em produtos para continuidade do trabalho

VARIEDADES - WEVERSON NASCIMENTO

Data 12/09/2019
Horário 08:42
José Reis: Atividade reúne semanalmente cerca de 15 profissionais para elaboração das peças
José Reis: Atividade reúne semanalmente cerca de 15 profissionais para elaboração das peças

Para alguns, a atividade do crochê é vista como uma terapia, para outros, uma forma de construir habilidades e desenvolvimento social. A atividade, por vez, requer concentração, raciocínio e coordenação motora, o que ajuda a prevenir diversas doenças e disfunções. Atualmente, alguns hospitais no Brasil já adotaram a prática para aliviar a tensão e a ansiedade dos pacientes e de seus familiares. É assim, que todas as quartas-feiras um grupo de aproximadamente 15 pessoas se reúnem na unidade do ESF (Estratégia da Saúde Família) do Parque dos Pinheiros, em Álvares Machado, para praticarem a atividade de forma descontraída e muito animada.

A atividade ocorre há aproximadamente 14 anos no bairro, porém, na unidade, o grupo se reúne há pouco mais de dois anos. Segundo a técnica em Enfermagem do ESF, Sonia Maria de Souza Fiaz, 58 anos, o trabalho feito no local fica exposto para venda e toda renda revertida é utilizada para compra de novos produtos. “A presença de participantes aumenta a cada dia, pois a atividade trabalha com o desenvolvimento mental, físico, de forma que não ficam em casa sem atividade”, explica.

A responsável pelo ensino da atividade, Carmosina Prates Rosa, 59anos, diz que a prática da croché é uma reunião muito boa, pois compartilham as experiências “A produção não é só para quem esta doente, mas para todos – aqui temos desde crianças até idosos”.

É “remédio”

Pesquisas indicam que o crochê pode trazer inúmeros benefícios para quem o produz, como redução do estresse e combate à depressão. A dona de casa Rosana Pereira da Silva, 30 anos, está na sua quarta semana de participação. A nossa reportagem ela relatou que estava se sentindo sozinha em casa e não tinha ninguém para conversar.  “Foi através de amigas que eu descobri o trabalho feito pelas profissionais no ESF do bairro. Desde então, venho para o local e não pretendo mais parar. Eu gosto muito de fazer meus tapetes, quando chego em casa eu continuo fazendo. É uma coisa muito importante, o tempo passa e eu nem vejo”.  

Engana-se quem acredita que apenas o público externo participa da atividade, no local encontramos a agente comunitária da unidade, Angelita Aparecida de Lima Felis, 48 anos, que no tempinho de folga, aproveita para estar com as participantes. “É uma atividade para mulheres, homens, ou seja, aberto para comunidade em geral. Sou agente e nas minhas visitas eu encontro pessoas tristes e com depressão, então eu sempre motivo para que venham ao local participar das atividades e colocar o papo em dia, ou seja, descontrair para saírem todos contentes”. 

Serviço

A atividade acontece todas as quartas-feiras, a partir das 14h no Esf (Estratégia Saúde da Família) do Parque dos Pinheiros, localizado na Rua Clovis Bevilaqua, em Álvares Machado.

 

 

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