Grau de violência absurdo e a inexistência de amor

EDITORIAL -

Data 05/10/2019
Horário 04:56

Por conta do medo, as pessoas têm se aprisionado dentro de suas próprias casas. Isso por conta do grau de violência absurdo e a inexistência de amor, respeito e valor à vida do ser humano. Pode ser repetitivo o assunto, mas não dá para aceitar e simplesmente remoer cada notícia terrível de mais um assassinato banal, de mais uma morte premeditada, sombria... é difícil aceitar que a pessoa seja tão fria ao ponto de, para ter a certeza de que a sua vítima morreu, decapitá-la a sangue frio.

Foi o que aconteceu na manhã de anteontem, no distrito de Campinal, em Presidente Epitácio. Um jovem de apenas 24 anos foi atingido por um tiro e, não contente, conforme relato policial, o acusado - que alegou vingança como motivo para o crime - pegou um facão e golpeou o pescoço do jovem decapitando-o para ter certeza que havia o matado mesmo! Um absurdo!

Outra notícia que, desde o início da semana vem sendo veiculada em todos os noticiários e que chocou o país, foi o assassinato da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de apenas 9 anos! E pasmem: o autor confesso do crime foi um adolescente de 12 anos de idade! Eles se conheciam, moravam na mesma rua.

Em apenas dois casos, calculem o número de pessoas que estão sofrendo! Vânia, a mãe de Raíssa, chora a dor da perda de sua pequena filha. Mas, não é apenas ela. A família inteira sente uma profunda dor no coração por saber que nunca mais poderão abraçar, beijar, ter por perto alguém que tanto ama. Assim como a mãe/família do jovem epitaciano.

E... pode ser uma dor diferente, mas deve ser muito difícil para as pessoas de bem do outro lado também. Por que imagine carregar em seus ombros, em seu coração, no mais profundo da sua alma, que um ente querido seu é um assassino? A mãe de verdade não criou um filho com todo amor para vê-lo trancafiado feito um animal feroz. Ela não o criou para que ele se tornasse um bandido, mas infelizmente ele escolheu trilhar o caminho do mal.

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