Gastos com viagens no exterior caem na região

Para Aviesp, situação gera contrapartida positiva, uma vez que os brasileiros optam por viajar dentro do território brasileiro

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 12/02/2019
Horário 07:21
Arquivo - Contrapartida positiva é destacada como contratação para mais viagens nacionais
Arquivo - Contrapartida positiva é destacada como contratação para mais viagens nacionais

Dados recentes do BC (Banco Central), divulgados pela “Agência Brasil”, mostram quem os gastos dos brasileiros com viagens para o exterior caíram no último ano, algo em torno de 3,9%, se comparado com 2017. E, segundo a própria Aviesp (Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo), na região, o cenário segue o modelo nacional, mas que também gera contrapartida positiva.

Mas, em relação ao declínio, o presidente da associação, Marcos Antonio de Carvalho Lucas, explica que isso tem muito a ver com a crise financeira, que se instalou no país nos últimos anos, e acabou refletindo no modo do brasileiro gastar dinheiro. “A situação acaba por gerar uma maior oscilação no preço do dólar, e isso, por sua vez, gera insegurança em quem pensa em gastar com viagens internacionais. Realmente o brasileiro está gastando menos lá fora”, pontua.

Contudo, por outro lado, como o próprio Marcos diz, “toda moeda tem suas duas faces”, sendo assim, há contrapartida positiva. “Apesar de o gasto internacional cair e isso simbolizar sim algo ruim, por sinalizar que é um momento de contenção de despesas, a balança comercial agradece. Isso porque os embarques nacionais aumentaram, como uma alternativa de gasto menor”, completa. À reportagem, ele lembra que as pessoas ainda estão viajando, mas dentro do país, o que reflete positivamente na economia brasileira.

Ademais, o presidente da Aviesp, também como representante da Vencestur Viagens & Turismo, ainda consegue falar com mais propriedade sobre o assunto, ao verificar isso na prática. Pela agência, ele garante que o cenário realmente é esse, o que acentua também a procura por destinos nacionais mais comuns, como as cidades “paradisíacas” do nordeste brasileiro. “Mesmo com a queda, ainda tem essa inversão de gastos”, argumenta.

Na Cacilda Tur, por exemplo, a percepção também é a mesma, principalmente ao colocar o nordeste brasileiro em ascensão, sinalizando ainda um aumento na procura por pacotes promocionais antecipadamente. E, conforme apurado pela reportagem, mesmo que não haja um percentual de queda, os destinos internacionais ainda saem - naqueles em que ainda compensam -, como destinos da América Latina, em um planejamento bem antecipado.

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