Frente Parlamentar em Apoio aos Consórcios Intermunicipais debate judicialização da saúde

Seminário abordou o Programa “Acessa SUS”, criado para promover o uso racional de medicamentos e reintegrar os pacientes aos programas de assistência farmacêutica do SUS

REGIÃO -

Data 27/11/2019
Horário 11:36
Cedida - Seminário ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo
Cedida - Seminário ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo

Com o objetivo de debater a saúde pública no Estado de São Paulo, e tentar diminuir os problemas dos municípios com a judicialização da saúde, a Frente Parlamentar em Apoio aos Consórcios Intermunicipais, coordenada pelo deputado Mauro Bragato (PSDB), realizou na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa de São Paulo, um seminário para falar sobre o Programa “Acessa SUS”, criado para promover o uso racional de medicamentos e reintegrar os pacientes aos programas de assistência farmacêutica do SUS (Sistema Único de Saúde).      

O programa tem como objetivo promover o uso racional de medicamentos e reintegrar os pacientes aos programas de assistência farmacêutica do SUS. Trata-se de parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública do Estado de São Paulo para estabelecer novos protocolos de fornecimento de medicamentos e insumos via ações judiciais.  

De acordo com Bragato, o programa é uma ferramenta importante para que os municípios consigam organizar o fluxo de demandas que antes só era possível pela via judicial. “Os consórcios intermunicipais têm papel importante para impulsionar o programa, auxiliando as prefeituras a reorganizar seus postos de atendimento e expandir a lista de remédios no SUS”, afirma.  

O procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio destacou a parceria entre o órgão com a Defensoria Pública Paulista para o sucesso do programa, e disse que com a melhoria da judicialização da área da saúde será possível racionalizar os gastos públicos. “Um terço do orçamento previsto para o setor era gasto na judicialização. Por isso, acredito na união dos esforços para diminuir essa demanda, e promover saúde de qualidade para a população”.

Já a coordenadora do programa Acessa SUS e subprocuradora de Integração e Relações Externas do Ministéio Público, Lidia Passos, explicou que as dificuldades para a articulação política entre os níveis federativos e a complexidade da integração administrativa envolvida na operação do Sistema, determinaram uma intensificação exacerbada da judicialização do Direito à Saúde no Brasil. “Por isso, iniciamos um trabalho integrado para assegurar acesso universal e gratuito ao fornecimento de medicamentos e insumos e garantir a eficiência terapêutica”, salienta.

Este sentimento de cooperação mútua está presente na Defensoria Pública, como explica o defensor Público Geral, Davi Eduardo Depiné Filho. Para ele, o programa trará mais agilidade para a população ter acesso aos medicamentos. “Queremos diminuir a burocracia para garantir mais qualidade de vida para a sociedade”, afirma.

Desburocratizar para atender melhor os pacientes. Foi assim que o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, classificou o programa. “Precisamos trabalhar nessa integração do sistema do executivo e do judiciário para promover um atendimento mais ágil e de qualidade para a população”, disse. 

Parceiros do evento

Participaram do evento o presidente da Rede Nacional de Consórcios Públicos, Victor Borges, o presidente da do Conselho Deliberativo APM (Associação Paulista de Municípios), Vick Nholla, representando o presidente Carlos Cruz, o presidente da Uvesp (União dos Vereadores do Estado SP), Sebastião Misiara, o vice-presidente do Civap (Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema), e prefeito de Tarumâ, oscar Gozzi, o superintendente do Conisul (Consórcio Intermunicipal do Sul do Estado de Alagoas), Pedro Madeiro, o diretor da Fundação Konrad Adenauer e Oficina Municipal, José Mario Brasiliense, além de prefeitos e lideranças de diversos municípios paulistas. 

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