Fomento ao turismo é chave para recuperação da economia

EDITORIAL -

Data 19/02/2018
Horário 13:15

Nos últimos dois anos, muito se falou a respeito da crise econômica que assolou o país. O período recessivo não exigiu que apenas os brasileiros cortassem gastos e priorizassem as despesas essenciais, como também as prefeituras, que tiveram que planejar sua carteira de investimentos com uma receita apertada. Na região de Presidente Prudente, a situação não foi diferente, conforme relatado em diferentes reportagens deste periódico. Com o objetivo de contornar este problema e melhorar a arrecadação municipal, muitas administrações voltaram sua atenção ao turismo e no fortalecimento de ações específicas para a promoção do setor e do potencial turístico das cidades, bem como a definição de estratégias que otimizassem os serviços locais e favorecessem a geração de emprego e renda.

Isso porque, o turismo permanece como um dos principais propulsores da economia dos municípios, uma vez que o fluxo de turistas viabiliza a movimentação de diversas atividades comerciais de uma localidade. Assim como a esfera municipal, o governo federal também entende a importância de fomentá-lo. Tanto é que, conforme noticiado esta semana por O Imparcial, o Ministério do Turismo atualizou pela primeira vez desde 2013 a categorização do Mapa do Turismo Brasileiro, ferramenta que orienta a pasta no desenvolvimento de políticas públicas. A alteração revela quais cidades tiveram melhor desempenho econômico nesta área a partir da classificação por letras de A a E.

Conforme a portaria que dispõe sobre a ferramenta, os municípios classificados de A a D estão aptos para receber recursos federais para a promoção de eventos. Na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, a mais recente conquista foi de Caiabu, que, nesta última atualização, passou de E para D, podendo pleitear tal apoio. Desta forma, o que se verifica é que, além de traçar um panorama sobre a qualidade da economia do turismo, o instrumento incentiva as administrações a fortalecerem suas ações de fomento ao setor, com propósito de alcançarem boas avaliações no ranking e, assim, manterem o repasse de recursos para o segmento.

Embora 13 dos 17 municípios avaliados na região tenham categorias D e E, é importante salientar que temos um expressivo potencial turístico, sobretudo nos segmentos de lazer, negócios e religião. Os esforços em valorizá-lo podem ser observados na recente elaboração de planos diretores de Turismo e na criação ou reativação dos Conselhos Municipais de Turismo, que certamente contribuirão para a adoção de medidas que aperfeiçoem os serviços locais e os tornem convidativos para turistas de outras regiões e aos próprios munícipes. Isso porque o desenvolvimento do turismo não depende apenas dos que vêm de fora, como também daqueles que estão dentro.

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