Faltando pouco mais de uma semana para o Natal, o movimento no quadrilátero central de Presidente Prudente vem registrando grande movimentação. Mesmo sob forte calor, ontem, o vai-e-vem de pessoas da cidade e região no calçadão foi intenso. Assim como as lanchonetes e lojas, lotadas. O que conforme Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista), foi uma surpresa.
“Não esperávamos que fosse assim diante do cenário econômico do país. E o que estamos vendo é o comércio lotado, as pessoas gastando, as lojas sempre cheias. Acreditamos que atingiremos o objetivo de aumento de 50% a 60% de novembro para dezembro”, expõe o presidente do sindicato.
Embora a loja esteja sempre movimentada, a gerente da Passo Mania, Eliana da Silva, menciona que os clientes estão mais fazendo pesquisas que comprando. “O movimento está bom, as vendas no mesmo volume do ano passado, mas o que temos ouvido muito das pessoas é que voltarão na véspera”, acentua a gerente.
Outro estabelecimento que os funcionários não param é a Jô Calçados. E de acordo com seu gerente, Amaral César da Silva, essa fase de dar só uma olhadinha, pelo menos na loja já passou. “O 13º ajuda bastante. Nesta semana, reta final, dobra o movimento!”, ressalta o gerente.
Pesquisando
Aproveitando a manhã do sábado, acompanhada da mãe e dos gêmeos Gabriel e Pietro, a dona de casa Mariana de Oliveira Silva, 29 anos, foi apenas pesquisar preços. “Está tudo tão caro. O que nos resta é dar muito amor a quem amamos porque presente... no máximo uma lembrancinha”, lamenta a dona de casa.
A passeio em Prudente, de Campo Mourão (PR), o motorista Marcos Rodrigues da Silva, 37 anos, diz que por aqui os preços estão bem melhores que em sua cidade. “Deixei para comprar os presentes da família aqui”, salientou o motorista.
Sonho coletivo
Leandro Júnior, 27 anos, que há quatro anos trabalha com seu carrinho vendendo doces (cocadas, quebra queixo, coquinho) no calçadão lamenta que além da crise econômica, da falta de emprego em todos os setores, tenha ainda que lidar com outras dificuldades que vendedores autônomos sofrem. “De uns dois anos para cá a queda nas vendas foi grande. O que eu vendia em meio dia, hoje é difícil vender até o final dele. O meu maior desejo, o que acredito que seria um presente para toda a sociedade, são as mudanças dentro de governos, a começar pelas prefeituras”, enfatiza Leandro.