Feiras livres mantêm vínculo com fregueses tradicionais

Feirantes e consumidores afirmam que não são os preços que chamam atenção, mas muitos persistem no ambiente por costume e tradição

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 24/06/2018
Horário 05:58
Marcio Oliveira - Fregueses dizem que feiras oferecem produtos fresquinhos
Marcio Oliveira - Fregueses dizem que feiras oferecem produtos fresquinhos

Há quem diga que a compra de alimentos nas feiras livres de Presidente Prudente é uma boa forma de economizar no fim do mês, mas a maioria dos fregueses não as frequenta por esse motivo, mas pelo fato de manter “costumes e tradições”. Josefa Godoi Meidas, 82 anos, é uma dessas pessoas que não abre mão de ir buscar suas verduras todos os sábados, bem pertinho de casa, na feira do Jardim Estoril. “Às vezes, nos mercados, os preços estão até mais baixos, mas eu gosto mesmo é da feira!”, exclama dona Josefa.

Pelo mesmo motivo, a reportagem encontrou a copeira Wanda David, 65 anos, caminhando entre as bancas da feira. “Ah, nos mercados, embora bons, os produtos não são fresquinhos como os que encontramos nas bancas da feira. Então, vale a pena pagar um pouquinho mais caro, mas ter saladas, por exemplo, mais crocantes na mesa Sem contar que é muito gostoso passear na feira [risos]”, complementa a copeira.

Os feirantes sentem esse interesse dos fregueses, como destaca Juvêncio Rodrigues Bonfim, 73 anos, que tem mais da metade de sua vida trabalhando na feira: 40 anos. “Caiu muito o movimento com as facilidades que os mercados oferecem. Que bom que existem pessoas que ainda mantêm essa tradição, porque eu gosto de estar entre as pessoas”, frisa o senhor Juvêncio.

Já Sebastião Luiz da Costa, 69 anos, mais conhecido como Tião, diz que essa história de que os mercados foram os responsáveis pela diminuição de pessoas na feira não é verdadeira. Segundo ele, o que atrapalhou mesmo foi a divisão de várias feiras por toda a cidade.  “Antigamente era uma única e enorme feira. As pessoas esperavam por aquele dia. Compras de mês, calçados e outros tantos produtos eram comprados com a gente”, frisa o feirante.

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