Desde que perdeu seus dois gatinhos, a aposentada Dalva Maria de Souza, 66 anos, jurou para si mesma que nunca mais teria um animal. No entanto, a promessa foi rapidamente quebrada ao passar pela Praça Nove de Julho, no centro de Presidente Prudente, na manhã de ontem. Assim que avistou um dos cachorros disponibilizados pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para adoção, a moradora decidiu levá-lo para casa e contribuir para a redução do cenário de abandono de animais no município. Ao todo, foram quatro cães e três gatos adotados.
Em sua opinião, se cada um adotasse um bichinho e cuidasse bem dele, não haveria tantos cães e gatos sofrendo nas ruas e sendo vítimas de violência. “Porque tem muita gente que bate e espanca e sou contra isso”, comenta. Dalva mora com o filho no Residencial Tapajós e, uma vez que o estudante passa o dia fora em função do trabalho e da faculdade, diz se sentir muito sozinha em casa. Desta forma, o novo cãozinho será a sua companhia a partir de agora. Ela ainda não decidiu o nome, mas deverá pensar em um neste final de semana com a ajuda do filho.
Assim como a aposentada, outros cidadãos fizeram uma paradinha na praça, ao longo da manhã de sexta, para observar a feira de adoção de animais promovida pelo CCZ. Os interessados em prover um lar para os bichinhos tiveram a oportunidade de fazer o cadastro no próprio local e retirá-los na mesma hora ou agendar um horário para a entrega.
No total, 15 animais foram separados para adoção, sendo oito cães adultos e sete gatos com aproximadamente 60 dias de vida. A agente de apoio de zoonoses, Márcia Lima de Oliveira Santos, explica que os bichinhos foram captados na rua ou levados ao CCZ pela equipe do Corpo de Bombeiros. Para garantir sua segurança e saúde, todos passaram por chipagem, vermifugação e castração, com exceção dos gatos, por conta da idade. Contudo, assim que completarem 6 meses, o órgão entrará em contato com os proprietários para realizar o procedimento de forma gratuita. Já os cães têm exame negativo para LVC (Leishmaniose Visceral Canina) e acompanharam seus novos donos com uma coleira repelente para a prevenção da doença, além de uma amostra de ração e informativos.
A profissional conta que o CCZ possui uma rotatividade muito alta de animais e, por esta razão, sempre consegue promover a adoção. Porém, quando não há o interesse, os próprios funcionários acabam se voluntariando para cuidar dos bichinhos. Para ela, o gesto oportuniza que os cães e gatos captados pelo órgão ganhem um lar e não passem o resto de suas vidas em uma gaiola.
Márcia completa que, no caso desta feira de adoção, todos os animais foram devidamente examinados, cabendo aos seus proprietários fazer a manutenção e acompanhamento. “No momento do cadastro, tentamos ainda conscientizar os interessados, porque a maioria das adoções ocorre por impulso e, com isso, sempre há a possibilidade de arrependimento. Então é necessário instrui-los que o animal não é descartável e, ao assumi-lo, eles precisam prestar cuidados pelo resto da vida”, considera.
SERVIÇO
Embora a feira de adoção de animais do CCZ tenha ocorrido apenas ontem, o órgão está sempre aberto para novos procedimentos de adoção, conforme a sua oferta. Para tanto, os interessados devem ter mais de 18 anos e apresentar seus documentos pessoais. A unidade está localizada na Rua Presidente Castelo Branco, 93, Parque Castelo Branco. Para mais informações, os telefones para contato são 3905-4220 e 3905-2156.
