Faturamento do comércio eletrônico cresce 9,7% na região

Levantamento analisa o terceiro trimestre de 2018, quando a cifra chegou a R$ 60,8 milhões; e-commerce representa 2,6% do valor

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 22/01/2019
Horário 04:02

No terceiro trimestre de 2018, dados da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) liberados em meados do mês mostram que o faturamento real do comércio eletrônico da região de Presidente Prudente atingiu a cifra de R$ 60,8 milhões, o que revela uma alta de 9,7%, se comparados com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o superávit chega a 12,9%.

O levantamento também mostra que, mesmo numa proporção menor, o número de pedidos do comércio eletrônico na região também subiu: 3,6%, mas se comparado com o trimestre anterior - de abril a junho. Ao todo, foram 142 mil solicitações registradas. Por outro lado, “o tíquete médio [faturamento por pedido] ficou em R$ 426,41, acima da média do Estado”, mas com queda de 6,8% em relação ao mesmo período de 2017, complementa a federação.

Na percepção do presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, a questão pode sim ser confirmada, em vista da facilidade de compra sem precisar se deslocar. No entanto, ele entende que isso se aplica a um grupo específico: departamento eletrônico e eletrodoméstico.

“As compras de televisores, móveis, segmentos como esses, acabam tendo maior variedade pela internet. Isso faz com que as pessoas optem por essa modalidade”, explica Vitalino. Contudo, para roupas, calçados e até mesmo celulares, ainda existe a preferência pela loja física, pelo fato de poder experimentar e já sair com o produto em mãos, ainda segundo o sindicalista.

O que, para Vitalino, gera um equilíbrio, ao pensar no faturamento de ambos os lados, físico x eletrônico, já que os públicos podem variar um pouco, e não afetar um segmento em detrimento do outro. “Mas é válido pensar nas vantagens de cada lado, como prazo para entrega, troca, confiança na loja, formas de pagamento, entre outros”, aponta.

E-commerce

A participação da região no faturamento do varejo geral do e-commerce foi de 2,6%, ainda de acordo com o levantamento. E quem atua nesse segmento consegue realmente perceber a situação, ao constatar o aumento no faturamento e, consequentemente, nas vendas, como no caso da loja online Balbino Shop - de Prudente, especializada na venda de produtos eletrônicos.

O proprietário do local, Edvaldo Balbino, explica que o fenômeno vem pelo próprio comportamento das pessoas, em ter a comodidade e mais facilidade de compra. “O público que geralmente compra pela internet e gosta acaba se acostumando com essa rotina e dando continuidade”, complementa. Tal atitude, segundo ele, pode ser comprovada ao logo dos anos, pelo menos desde 2013, quando a loja iniciou os trabalhos.

Por outro lado, Edvaldo salienta que, hoje, no que tange aos gastos de ter uma loja física, não muda muito para um e-commerce. “Na verdade, vai variar de acordo com a linha que você seguirá com o seu comércio. Dependendo, o custo pode ser até maior ou equivalente”, lembra o proprietário, mas que não deixa de destacar uma das vantagens: a possibilidade de trabalhar em qualquer local, não precisando ser necessariamente um ponto estratégico.

SAIBA MAIS

Os resultados compõem a PCCE (Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico), elaborada pela Fecomercio-SP, por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit|Nielsen. A pesquisa traz dados sobre faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, além de permitir mensurar a participação do e-commerce nas vendas totais do varejo (eletrônico e físico) no Estado de São Paulo, segmentado em 16 regiões.

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