Falta de repasse atrasa obras do Centro Olímpico

Em novembro de 2018, Prefeitura deu prazo de dois meses para término, que estavam 79,65% concluídas

Esportes - THIAGO MORELLO

Data 03/03/2019
Horário 07:00
 Foto: José Reis / No momento, a fase do local é de acabamento das piscinas olímpicas
Foto: José Reis / No momento, a fase do local é de acabamento das piscinas olímpicas

Em novembro do ano passado, a Prefeitura de Presidente Prudente deu o prazo de dois meses para finalizar as obras do Centro Olímpico da cidade, que vem se arrastando há tempos, como já foi noticiado por esse periódico. Certo é, que para tanto, a municipalidade condicionou e previu que o Governo Federal liberasse os recursos restantes a serem repassados, que giram em torno de R$ 1,2 milhão. O que não ocorreu nesse meio tempo. Desta forma, o atraso na liberação ainda tem gerado atraso no término das obras.

Mas é válido lembrar que a novela envolvendo o espaço não é de hoje, e a cada ano ganha mais um novo capítulo. No projeto original, avaliado em R$ 35 milhões, o primeiro prazo para a entrega do Centro Olímpico era 2014. Depois 2015. Logo em seguida 2017. No entanto, jogada para 2018. E, por fim, fevereiro de 2019. O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), aliás, chegou a questionar o motivo da morosidade.

Contudo, já é março e também não há novas previsões. De acordo com a Secom (Secretária Municipal de Comunicação), o empecilho ainda ocorre por conta da falta de liberação da União. No momento, a pasta explica que estão sendo feitos acabamentos nas piscinas, concluindo o azulejamento, “com o pouco recurso que tem”.

Na última atualização, em novembro de 2018, o status informado era de 79,65% das obras já concluídas. E na época, a administração municipal informou também que “os repasses que eram de responsabilidade da Prefeitura já foram liberados totalmente no início dos trabalhos, então o atraso no serviço foi por falta de liberação de verba do governo federal”.

Naquele momento, o Ministério do Esporte falou sobre os R$ 300 mil que foram liberados ao longo de 2018, e que o restante seria depositado ainda no próximo mês, no caso, dezembro. Como não ocorreu, a pasta voltou a ser questionada pela reportagem, entretanto, não respondeu a solicitação até o fechamento dessa edição, até por conta do horário.

 

Mudanças

Em meio ao imbróglio, também vale ressaltar que a ideia era transformar o local em um complexo poliesportivo. Nisso, estava incluso a criação de ginásio de esportes, piscina olímpica, centro de fisioterapia, tanque de saldos ornamentais e entre outras novidades. No entanto, a reforma hoje é direcionada somente às piscinas, envolvendo paisagismo às margens e a possibilidade de quiosques.

A obra foi iniciada em 2009, e no início, a reabertura do local foi calculada num projeto de R$ 35 milhões, mas sendo que foi aprovado apenas R$ 5.850.000,00 em verba federal, e a contrapartida da Prefeitura em arcar com R$ 1.266.886,20. Fora isso, o atraso nos trabalhos foi gerado também pela saída de construtora, abertura de nova licitação, além da falta de repasses, como já mencionado.

Até então, as piscinas de biribol, piscina redonda e a de pessoas com deficiência foram finalizadas, além da colocação de vidros no local.

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