Há mais ou menos dois meses, o comerciante Benvindo Marques de Oliveira, 69 anos, presenciou um coletivo colidir com a estrutura de um ponto de ônibus em frente ao seu comércio, na Avenida Ana Jacinta, em Presidente Prudente. Por conta disso, todo o alicerce foi retirado para conserto, mas até então não foi recolocado. Para quem fica no local diariamente e precisa utilizar do serviço, o incômodo é gerado pela falta de banco, cobertura que previne de chuvas ou sol, além dos restos de materiais que foram deixados no perímetro para a retirada da sustentação.
Mesmo não utilizando ônibus, Benvindo diz que vê diariamente a dificuldade de quem precisa utilizar o local para a espera de uma das linhas. Dia após dia, ele estima que a estrutura seja recolocada, assim como quem utiliza. “Não é porque eu não uso que não sei o que a vizinhança está passando. A gente espera que uma providência seja tomada”, frisa.
Se para o comerciante incomoda, imagina para quem fica por ali todos os dais, como a auxiliar de cozinha Aparecida dos Santos, 59 anos. Uma das reclamações dela é quanto à claridade. “Não tem chovido, felizmente, mas, em compensação, o sol do meio de tarde é muito forte. Já teve casos de quase perder o ônibus, porque não consegui ver de qual linha se tratava, pois a luz solar estava batendo bem no rosto”, conta. Para ela, fica complicado de utilizar o espaço e à vezes até pensa em andar um pouco para esperar o ônibus em um ponto antes ou depois.
Uma tática que não pode ser adotada por Paula da Silva. Chegando ao fim de sua gestação, ela é uma das pessoas que moram no bairro - Jardim Sabará - e utiliza o ponto. À espera do filho, ela lembra que fica complicado se deslocar para outros pontos, como a própria Aparecida. “É muito ruim, principalmente para mim, outras grávidas, e as pessoas de mais idade”, lamenta. Ela ainda aponta para Aparecida, em meio à conversa, e mostra o modo como a senhora improvisou uma bancada com um pedaço de concreto que restou no local. “Quando será que vão arrumar isso?”, questiona.
A reportagem fez a mesma pergunta para a Prefeitura, mas o órgão não soube precisar nenhuma data em específico. Por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), a municipalidade explicou a situação que foi originada por um acidente, e resumiu-se a dizer que “por ordem da Semav [Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública], a empresa responsável pelo ônibus retirou a estrutura para fazer a reforma e, assim que concluída, recolocará a cobertura no local”.
