Falta de conscientização resulta no aumento dos casos de dengue

EDITORIAL -

Data 28/03/2019
Horário 04:02

É preocupante observar que em pleno 2019 a população ainda não se conscientizou quanto à importância de garantir a limpeza de terrenos e bueiros para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Em Presidente Prudente, os números deste ano são alarmantes. Noticiamos na edição de ontem que ao longo dos 12 meses de 2018, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) contabilizou 40 casos de dengue no município, situação vista como um cenário controlado. Entretanto, na contramão do período, o estado de alerta já foi acionado na cidade, uma vez que o número de ocorrências registradas em 2019 é 110% maior que do ano passado, isto é, 84 em menos de três meses. Deste total, a maior parte (71) foi contraída no município, e o restante (13) foi importado.

Ao que parece, apesar da intensa fiscalização que é feita em determinados bairros, geralmente, quando há os mutirões, os munícipes ainda não têm dimensão de que a falta de responsabilidade por parte deles próprios resulta em pessoas doentes. Uma simples garrafinha plástica arremessada pela janela do transporte coletivo pode parar em bueiros. E isso contribui para o acúmulo de lixos nestes locais, algo que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio da Vigilância Epidemiológica Municipal tem ficado em alerta. Excluindo as áreas periféricas, como o Conjunto Habitacional João Domingo Netto e Residencial Cremonezzi, são mais de 10 mil bueiros que o município precisou intensificar a fiscalização pela “falta de ciência” dos moradores.

Devido ao descaso, foi necessário investir em um projeto de repaginação de bocas-de-lobo em Prudente, com pinturas em grafites que identificam imagens de mosquitos e escorpiões de maneira atrativa. Uma maneira de tentar chamar a atenção para que entulhos também não sejam depositados nestes locais, evitando enfermidades. No entanto, não haveria a necessidade desta medida para fazer com que o cidadão literalmente exerça a cidadania. Foi necessário chegar a este ponto delicado, em razão da falta de responsabilidade dos moradores. Não é difícil se colocar no lugar do outro, basta ter empatia e educação para que cada um faça a sua parte.

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