Próximo a Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, uma das mais movimentadas da cidade, e ainda com acesso pela rotatória do Jardim Novo Bongiovani, o Parque Residencial Jardins se destaca pela localização privilegiada. Porém, os moradores da área, que chegam a, aproximadamente, 700 pessoas, sentem-se incomodados com a falta de comércio no local. Tendo em vista que, caso queiram comprar algo ou contratar um serviço, precisam se locomover aos bairros vizinhos, a mais de 10 minutos. Assim, o desenvolvimento do bairro parece caminhar a passos lentos, pois a queixa é a mesma registrada por este diário há dois anos.
A falta de comércio no próprio bairro foi o primeiro apontamento feito pela operadora de telemarketing, Telma Cristina Ventura, 24 anos, ao ser convidada a opinar sobre o local. Além disso, ela também diz que no bairro faltam unidades de saúde e de educação, sendo necessário ir até os vizinhos para suprir suas necessidades. “É um bairro bom, mas deixa a desejar por ser pouco olhado. Não tem nada que atraia a atenção, as pessoas nem sabem onde fica”, pontua.
Por ser um bairro com poucas opções de empreendimentos, o mecânico Anselmo Pereira Moraes, 40 anos, escolheu o Residencial Jardins para instalar a sua oficina. Conta que a vizinhança é calma, o que favorece os atendimentos de seus clientes, que, na maioria, são de outras cidades. No entanto, se quiser comprar algo para se alimentar ou produtos de limpeza, por exemplo, precisa recorrer aos bairros vizinhos. “Trabalho aqui há cinco anos, a maior característica é a tranquilidade e a vizinhança é muito boa. Até hoje, não vi nada sendo instalado. Se eu quiser comprar algo para comer preciso sair”, avalia.
Pesquisa de mercado
Em bairros residenciais, como é o caso do Parque Residencial Jardins, o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista) de Presidente Prudente, Vitalino Crellis, aponta que os empreendimentos com mais chances de lucros são aqueles do setor alimentício, como bares, restaurantes, lanchonetes e mercados. “Alimentação nos bairros funcionam, desde que não tenham concorrentes, pois o público já é pequeno e dividi-lo é difícil. A alimentação é algo ligado às pessoas, ninguém fica sem comer, sempre querem sair para algum lugar diferente. Já roupas e sapatos são mais difíceis, não vai faturar tanto”, explana.
No entanto, o presidente do Sincomércio alerta que, antes de abrir qualquer negócio, é preciso realizar um levantamento sobre a localização e as necessidades da área, principalmente nesse momento de crise. Além disso, Crellis aponta que a qualidade de microempreendedor é uma possibilidade que deve ser aproveitada para iniciar um empreendimento, tendo em vista que os encargos são menores. “Dependo do tipo de comercio é uma vantagem abrir em áreas residenciais, porque precisa suprir as necessidades das pessoas. Não existe comércio sem fazer uma pesquisa do que precisa”, completa.
ESTRUTURA DO BAIRRO
Ano de implantação: 1996
Área de loteamento: 84.749 m²
Área verde: 4 mil m²
Quadras: 15
Construções: 186
Terrenos baldios: 45
População estimada: aprox. 700 pessoas
Fonte: Secom