Experiência do 1º homem à lua

Na missão da Apollo 11, 20 das 21 camadas de cada traje espacial foram produzidas usando invenções da DuPont, empresa com sede em Pirapozinho que resguarda e compartilha o momento inédito

VARIEDADES - THIAGO MORELLO

Data 16/10/2019
Horário 07:10
José Reis: Laboratório de controle de qualidade avalia os materiais a serem entregues
José Reis: Laboratório de controle de qualidade avalia os materiais a serem entregues

O dia 20 de julho de 1969 ficou marcado na história da humanidade, pois foi quando mais de 500 milhões de pessoas, em 40 países nos cinco continentes, acompanharam os astronautas Neil Armstrong e “Buzz” Aldrin protagonizarem a experiência de serem os primeiros homens a pisarem na lua. Em 2019, fez 50 anos que a missão Apolo 11 ocorreu, mas até hoje a DuPont, que tem sede em Pirapozinho, resguarda e compartilha o momento inédito. Isso porque, há cinco décadas, a empresa também esteve presente na missão, auxiliando com a diversidade de materiais de “alto desempenho” para proteger os pioneiros no espaço, a própria nave e ferramentas.

E para celebrar o 50º aniversário da chegada da missão Apollo 11 à lua, a indústria multinacional relembrou a participação nesse evento histórico. “A antiga DuPont desempenhou um papel fundamental no programa Apollo, tão relevante quanto o que tem a nova DuPont nos dias de hoje. Nossas inovações continuam a ajudar a humanidade a explorar o espaço”, comenta a empresa.

O maior destaque vem na composição das vestimentas, uma vez que 20 das 21 camadas de cada traje espacial foram produzidas usando invenções da companhia, entre eles: Kapton®, DuPont™, Nomex®, Kevlar®, nylon ou neoprene. “Com rigor científico, podemos afirmar que o primeiro material terrestre a tocar a superfície lunar foi o Kapton®, usado nos pés do módulo de descida. O nylon da DuPont também foi usado na bandeira hasteada sobre a superfície da lua”, complementa.

E até hoje, boa parte desses materiais continuam sendo utilizados na composição dos materiais que utilizamos no dia a dia. “O importante é saber que esse marco do homem na lua foi o pontapé para continuar com as evoluções até hoje”, declara o gerente da planta de Pirapozinho, Ricardo Perez.

Transição

Naquela ocasião lunática, os astronautas ficaram expostos a ambientes discrepantes, como por exemplo, ao pensar no clima, que oscilava de muito frio a muito quente (-233º C a 123º C), e a DuPont estava lá para ajudar. Na atualidade, Ricardo lembra que os atuais produtos são essenciais para proteção, redução de peso e volume, durabilidade e resistência a condições ambientais.

E desde o início, o lema por trás de toda produção é buscar soluções para a humanidade. A nível regional, a planta de Pirapozinho chegou à localidade em 2011. Como explica o gerente, dentre outras vertentes que a empresa atua, aqui o segmento que rege é fornecer componentes, como enzimas, misturas e bioativos, que atuam na fabricação de alimentos e roupas de proteção. “Se você come sorvete, por exemplo, você está se alimentando com algo que nós temos participação na produção. São coisas do dia a dia, presentes sempre no nosso cotidiano e que tem referência da experiência na lua”, aponta. Nomex® e Protera® são os principais produtos.

Questionado sobre a unidade estar em Pirapozinho, ele responde que muito tem ligação com a potência do agronegócio regional. E lá, são cerca de 160 funcionários, sendo 70% deles advindos da própria cidade. Desde 2017, a DuPont está em processo de transição, após romper ligação com a Dow.

 

“SE VOCÊ COME SORVETE, POR EXEMPLO, VOCÊ ESTÁ SE ALIMENTANDO COM ALGO QUE NÓS TEMOS PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO. SÃO COISAS DO DIA A DIA, PRESENTES SEMPRE NO NOSSO COTIDIANO E QUE TEM REFERÊNCIA DA EXPERIÊNCIA NA LUA”

Ricardo Perez

 

Números

140 bilhões

Quantidade de Bolas de sorvete contendo ingredientes DuPont

1 em 3

Comprimidos farmacêuticos vendidos globalmente

60%

Tecnologia de enzimas usadas em cargas de lavagem de roupa

1 em 3

Suplementos probióticos vendidos globalmente pela DuPont


 

 

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