Estádio está “fora das prioridades” do município

Estrutura do Prudentão apresenta necessidade de melhorias, mas a administração municipal não define um prazo para realizar as adequações necessárias

Esportes - PAULO TAROCO

Data 12/10/2017
Horário 13:05

O 35º aniversário do Estádio Municipal Paulo Constantino, Prudentão, comemorado hoje, pode ser motivo para comemoração dos apaixonados pelo futebol, mas também pode ser alvo de uma reflexão sobre o futuro do local. Conhecido nacionalmente pelos clássicos do futebol brasileiro que já recebeu, desde março de 2016 o estádio não recebe nenhuma grande equipe do futebol nacional. Nessa oportunidade, o Prudentão foi palco do jogo entre Água Santa, de Diadema (SP), e Palmeiras (SP), pelo Campeonato Paulista, vencido pelos mandantes por 4 a 1.

Desde então, o estádio retomou a rotina de sediar apenas jogos das equipes locais em atividade: Grêmio Prudente e PPFC (Presidente Prudente Futebol Clube), que realizam partidas pela quarta divisão Paulista, e do Corinthians de Prudente, reiniciado por uma gestão, que desde 2016 participa de uma liga independente do futebol nacional.

De acordo com Mauro Aoqui, secretário adjunto da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes), pasta responsável pela administração do espaço, o Prudentão representa um custo mensal de cerca de R$ 8,5 mil, entre despesas com funcionários, que cuidam da manutenção total da praça, e com os custos com água e energia elétrica.

O Prudentão tem hoje sua capacidade reduzida para cerca de 20 mil pessoas, pois parte de suas dependências se encontram interditadas por necessidades de reformas. O estádio também precisa da atualização dos laudos de funcionamento. “Ainda não temos prazo para resolver todas essas questões. A Prefeitura hoje tem outras prioridades, principalmente na área da saúde e da educação”, explica o secretário adjunto. Apesar do cálculo não ser oficial, a estimativa é de que as adequações custariam cerca de R$ 600 mil para os cofres municipais.

 

Cuidados

O radialista prudentino, Luiz Semensati, que trabalhou no estádio no dia da inauguração e atua até hoje na crônica esportiva local, acredita que o futuro do estádio pode apresentar desdobramentos ainda mais significativos. “Eu acredito que o estádio possa até ser transformado em uma arena de rodeio ou algo assim. O caminho para que isso não ocorra é o de termos pessoas sérias à frente do nosso futebol”, avalia.

Claudemir Vilhegas, ex-zagueiro do Corinthians de Prudente, que jogou pelo time corinthiano na primeira temporada de atividades do Prudentão, também fala sobre a necessidade de um olhar atento sobre esses desdobramentos. “Infelizmente, hoje o futebol é movido por muitos interesses, de várias áreas. O estádio tem a concorrência das novas arenas e a questão geográfica também não ajuda. Seria necessária uma mobilização entre clubes, políticos e a sociedade que gosta do esporte”, considera o ex-atleta.

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