O médico, especialista em reprodução humana, Wilson Jaccoud, 64 anos, de Presidente Prudente, explica os processos de reprodução assistida. Segundo ele, existem duas técnicas: a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro. A primeira consiste em colocar o espermatozoide capacitado em laboratório, para ter maior resistência e velocidade, no útero da mulher, por meio de um cateter, facilitando, assim, a fecundação natural. Esta técnica está se tornando obsoleta, conforme o médico.
A fertilização in vitro é outra técnica, na qual, os óvulos da mulher são colhidos e, em cada um deles, em laboratório, é injetado um espermatozoide. Esta forma de fecundação é artificial. O óvulo fecundado, agora chamado de embrião, é colocado pronto no útero, aonde irá se desenvolver.
“Qualquer casal pode recorrer à reprodução assistida”, afirma Jaccoud. O sucesso das técnicas varia conforme a idade da mulher. Pacientes de até 35 anos têm de 40% a 60% de acerto por tentativa. Em mulheres com mais de 40 anos, as chances de acerto caem para 20% por tentativa. Faz parte do procedimento guardar, em laboratório, embriões congelados para serem transferidos para o útero, no caso da primeira tentativa não ter o sucesso esperado.
Jaccoud confessa ter satisfação imensa de, como médico, trabalhar com vida, com saúde, e não com doença. Acima de tudo, o médico se diz realizado por participar da formação de famílias. “Uma alegria muito grande, satisfação profissional indescritível, não dá para quantificar”, alegra-se.