Escolas precisam estar preparadas para ouvir e perceber seus alunos

EDITORIAL -

Data 16/09/2019
Horário 10:08

A escola é a segunda casa da criança. É neste ambiente que ela passa uma parte significativa do seu dia e também de sua vida – uma vez que a formação básica se estende até a adolescência do jovem. Passando tanto tempo atrás dessas paredes, é natural que os pequenos desenvolvam ali relações de confiança que contribuirão para o seu desenvolvimento em âmbito pessoal e social, assim como é natural que carreguem para detrás dessas mesmas paredes anseios, frustrações e problemas que os acompanham lá fora e no espaço doméstico.

Para dar conta de compreender o que estas crianças têm a dizer ou deixam subentendido, os profissionais da educação precisam estar aptos para dialogar com elas. Sendo assim, devem contar com subsídios que possam norteá-los sobre como atender esta criança não só nos momentos em que o estudante se comporta mal ou apresenta um quadro de humor diferente, como também naqueles em que seus direitos são violados. E isso vai desde quando o pequeno é “esquecido” na escola até quando ele chega com machucados suspeitos.

Justamente por ser a escola a sua segunda casa, muitas crianças, sobretudo as mais novas, veem no professor a figura de um amigo, alguém em quem confiar, e o professor precisa estar preparado para corresponder a essa imagem. Muitas vezes, é com o professor que a criança se sente à vontade para conversar, desabafar e encontrar amparo. Nesse contexto, o docente não só tem de saber ouvi-lo, como ter conhecimento sobre que procedimentos adotar para ajudar seu aluno.

Por isso é tão importante a ferramenta lançada na última semana pela Seduc (Secretaria Municipal de Educação) – a 2ª edição do Guia Escolar: Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente –, que auxilia gestores escolares e equipe escolar quanto aos procedimentos que deverão ser realizados antes da notificação a outros órgãos que se fizerem necessários. Todo material que facilite a comunicação entre escola e corpo discente é bem-vindo e deve ser difundido continuamente com o objetivo de impedir que os direitos das crianças sejam desrespeitados!

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