O Aeroporto Estadual de Presidente Prudente recebeu na tarde de domingo uma simulação de colisão de uma aeronave contra um edifício, “deixando” 65 vítimas e 15 mortos. Trata-se da 6ª Simulação de Catástrofe organizada pela Liga do Trauma e Cirurgia de Emergência da Famepp (Faculdade de Medicina de Presidente Prudente) da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). O evento mobilizou aproximadamente 550 pessoas.
A tradicional simulação, que ocorre anualmente, possibilita o treinamento das equipes pré e intra-hospitalar que atuam em circunstâncias como essas. Para entender a dinâmica do evento, o início foi exatamente às 14h30, quando as vítimas e os figurantes já estavam em seus devidos lugares, todos em situação de desespero, e então testemunhas começam a disparar ligações ao 193 solicitando o resgate.
Nesse momento, os bombeiros civis do aeroporto já iniciavam os primeiros trabalhos. Doze minutos depois chegou o Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências). Na sequência chegaram Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Same (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência), entre outras instituições que seriam acionadas num evento real.
O médico coordenador da base do Grau em Presidente Prudente, Antônio Onimaru, que já atuou em verdadeiras catástrofes, como a queda dos dois aviões da TAM em São Paulo, explica que o tempo-resposta é primordial para iniciar a triagem, que é separar vítimas graves, moderadas e leves, classificando-as, respectivamente, em vermelho, amarelo e verde. Ele ressalta que as simulações envolvem todas as agências que trabalham em situação de catástrofe e avalia a atividade como essencial para o treinamento conjunto de todas as equipes.
A aluna de Medicina e presidente da liga acadêmica, Letícia Kazama, pontua que nessas catástrofes, em que a quantidade de vítimas supera a capacidade de atendimento, é necessária a integração entre vários órgãos do município, para que em conjunto consigam dar suporte operacional para o atendimento de toda emergência.
Com AI da Unoeste