Tudo o que acontece na economia, está ligado diretamente aos níveis de incertezas do mercado. Isso significa que empresários colocam recursos na bolsa de valores, deixam dinheiro guardado rendendo juros ou aplicam em seus negócios, com visão a nunca perder o que conquistaram, de preferência crescer ainda mais o patrimônio. Portanto, se há insegurança no futuro, estes homens de negócios deixam de arriscar. Não investem em novos equipamentos, não ampliam seus negócios, não contratam... O dinheiro deixa de circular e todos se sentem como se de repente o dinheiro sumisse do mercado.
Segundo o jurista Ives Gandra, a reforma da Previdência é uma das principais expectativas dos investidores, já que, da forma como está, o Estado está indo à falência. Outras reformas esperadas são: fiscal, trabalhista, tributária, política, administrativa e do judiciário. Quanto mais os atuais candidatos à Presidência da República tenderem para estas reformas, melhor a economia reage aos resultados das pesquisas de votos para o segundo turno. Este fato explica o porquê de o dólar subir quando o candidato do PT, Fernando Haddad, sobe nas pesquisas, pois a reforma da Previdência não é prioridade no plano de governo petista. Algo que aumenta ainda mais a insegurança já instalada.
No mesmo sentido, o plano de governo do candidato Jair Bolsonaro (PSL) economiza energia no ajuste fiscal. Além dessa questão, “Contradições no discurso do candidato, deixam o mercado apreensivo. Uma vez que indicou uma reforma da Previdência mais tímida do que a do atual presidente Temer [MDB] e um recuo em privatizações como a da Eletrobras”. Dessa forma, os candidatos nos deixam a sensação de estarmos “Entre a cruz e a espada”!
A pequena e média empresa não pode ignorar os movimentos macroeconômicos. Todavia, empresários que mantiveram o caixa com reservas, e que sabem a importância do marketing, da gestão de compras e da qualificação da sua equipe, estão se destacando nesta difícil fase. Mantiveram os investimentos transformando o que para muitos parecia um apagão econômico, em uma forma de canalizar mais clientes em suas lojas. Este é o empresário que escolheu sair da frente da cruz e da espada, para tomar as rédeas dos seus negócios e ser o dono do próprio destino.