O número de estabelecimentos que encerraram suas atividades em Presidente Prudente no período de um ano, entre o primeiro trimestre de 2017 e o mesmo período em 2018, teve uma redução de 80,42%, ao cair de 332 locais que fecharam as portas, contra 65 neste ano. A abertura de novos estabelecimentos também apresentou queda, esta de 40,09%. Para o economista Túlio Barriguella, a diminuição nos encerramentos reflete um período “mais estável” aos empresários, sendo que a grande quantidade de locais encerrados em 2017 reflete o “pior período” da crise. “É preciso que os investimentos continuem, mas com cautela”, salienta.
Os dados são disponibilizados pela Prefeitura de Prudente e dão destaque, nos encerramentos, ao ramo da Prestação de Serviços. Isso porque, conforme a Administração, a cidade contabilizou o fechamento de portas de 193 empresas no ano de 2017, que caíram para 30 neste ano. Em segundo lugar está o setor e Comércio, que no ano passado contou com 115 empresas com as portas cerradas, contra 20 nos primeiros três meses deste ano. Já nos números de aberturas de empresas, o setor de Prestação de Serviços registrou uma queda de 30%, de 418 novos empresários, para 289 neste ano. O Comércio passou de 170 novos estabelecimentos para 59 novos locais em 2018.
De acordo com o economista, o período que compreende desde o segundo semestre de 2016, até o fim de 2017, foi marcado por um momento de crise aos empresários, quando os números não estavam consolidados, sendo que a situação teve significativa melhora desde os últimos três meses do ano passado. “As empresas tiveram que aguentar por quase dois anos essa situação. As menores, que devem representar 90% dos números de encerramentos, dificilmente se recuperam em médio prazo e encontram no fechamento das portas uma saída para a situação”, esclarece.
Túlio lembra que o cenário econômico tem apresentado melhoras desde o início de 2018, e deixa uma dica aos empresários, pois o ano político interfere diretamente na economia do país. “Muitas empresas conseguiram se adequar ao cenário em um passo lento e, inclusive, já estão retomando seu quadro de funcionários. Este é um ano que deve haver investimentos, mas com cautela, pois o resultado das eleições pode interferir diretamente na economia nacional”.
Já sobre a queda de 40,09% no número de abertura de empresas, Túlio afirma que o perfil de novos empresários nos primeiros três meses do ano era o de pessoas que, possivelmente, perderam seus empregos e investiram em um próprio negócio e que, em sua maioria, não fizeram uma análise cuidadosa e criteriosa para tanto. “Pode ter sigo algo arriscado por causa do cenário econômico vivido na época. Essa redução nos novos negócios já era esperada, justamente porque as pessoas entenderam a situação e preferiram segurar o investimento. Ano que vem, no entanto, a situação tende a ser mais favorável àqueles que quiserem investir”, finaliza.