Empatia é fundamental para vencer efeitos do Covid-19

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 20/03/2020
Horário 04:19

Diante da pandemia de casos do novo coronavírus, o Covid-19, é natural que as pessoas fiquem preocupadas com as condições de acesso a serviços públicos essenciais e aos bens de consumo em geral. No entanto, é muito importante que, neste momento de crise mundial por conta do avanço da doença, todos os cidadãos coloquem a mão na consciência e estimulem a empatia em relação aos demais, em todos os âmbitos da sociedade.

O que se viu nestas últimas semanas foi a alta procura dos consumidores pelo tão cobiçado álcool em gel, um dos meios mais eficazes de garantir a higiene das mãos nas atuais circunstâncias, situação esta que desabasteceu as farmácias e outros locais que vendiam o produto e, inclusive, levou empresários a inflarem o preço dele.

A conduta equivocada pode ser observada em ambos os lados. É inadmissível que, em um cenário de caos como o que vivenciamos, estabelecimentos adotem medidas oportunistas com o objetivo de aumentar seus lucros, tornando o produto inacessível para clientes com menor poder aquisitivo. Assim como é reprovável que os consumidores ajam de forma individualista e comprem mais do que o necessário, prejudicando a oferta para os demais. Nesse período, o consumo consciente deve ser exercitado para que todos sofram o menos possível com os efeitos causados pela doença em escala global.

Nesse contexto, é louvável a atitude de autoridades e órgãos públicos em fiscalizar os estabelecimentos, a fim de impedir a cobrança de valores abusivos em produtos essenciais, e fazer as devidas autuações quando necessário. Já para o controle do abastecimento de mercadorias à população, uma alternativa pode ser a limitação do número de produtos por cliente, visando justamente o consumo democrático defendido neste espaço. 

Por outro lado, a empatia é algo que não pode ser imposta por esfera nenhuma. Pelo contrário: deve ser praticada por nós mesmos. Sendo assim, aproveitemos este período tão crítico para deixar o “eu” de lado e pensar em toda a coletividade.

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