Em tempos de fake news, Brasil carece das boas novas

EDITORIAL -

Data 13/09/2018
Horário 04:06

O Brasil está a algumas semanas de mais um pleito eleitoral que definirá o próximo presidente da República, além de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. E, como não poderia ser diferente, diante do cenário de polarização política estabelecido no país desde, pelo menos, as últimas eleições ao Planalto, o clima entre candidatos e eleitores de lados opostos é acirrado, tenso. Como resultado, um dos presidenciáveis, o líder nas pesquisas, sofreu um ataque a faca na última quinta-feira e chegou a ficar entre a vida e a morte.

Mas duas palavras, em específico, tem atraído a atenção de muitos e mobilizado a opinião dos eleitores, o disse-me-disse das rodas de conversa. Fake news, ou notícias falsas, que se proliferam, sobretudo pela internet pelas redes sociais e em sites de procedência e capital duvidoso. Nada mais são do que mentiras vendidas como verdades, o lobo em pele de cordeiro, com o intuito de levantar calúnias e provocar o eleitorado contra os adversários políticos.

É triste ver um processo tão importante e determinante como as eleições gerais de um país como o Brasil contaminado com as fake news. Mas isso não é exclusividade do nosso país. Mundo afora, pipocam notícias de pleitos manchados por conta da desconstrução de candidatos através das notícias falsas. São eleições decididas não nas urnas, mas nas telas, com a cédula da mentira e do engano.

Resta a esperança por tempos diferentes, dias melhores, em que as fake news serão substituídas pelas boas novas, a mentira pela verdade. Em uma época que a maldade impera, a nação clama por uma geração remidora, que vai converter o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais. Uma geração que vai reconciliar em si os que passaram e os que virão. Que vai redimir os erros de outrora, dos antepassados, e estabelecer uma nova ordem e um novo entendimento para as gerações futuras. Que venham as boas novas!

Publicidade

Veja também