Em tempos de crise, controle e economia são a melhor saída

EDITORIAL -

Data 24/01/2019
Horário 04:05

IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), energia elétrica, transporte coletivo, são alguns dos itens que tiveram reajustes nos últimos dias em Presidente Prudente e mobilizaram a opinião pública acerca de seus valores. São contas cotidianas que impactam diretamente no orçamento da população, por isso a comoção tomou proporções ainda maiores. Contudo, se justos ou não, os reajustes foram feitos e devem ser encaixados no orçamento das famílias, juntamente com tantos outros gastos comuns.

Por isso, para não se perder e estourar o limite entre receitas e despesas é preciso ter controle financeiro, saber privilegiar os itens mais importantes em detrimento dos supérfluos e economizar, a exemplo do que fez a Prefeitura de Prudente nesta semana, através do decreto 29.569, que criou o Grupo de Acompanhamento da Execução Orçamentária e Financeira do município. A medida visa desafogar os cofres públicos por meio da exoneração de servidores em cargos comissionados, pente-fino nos contratos das secretarias e a suspensão de gratificações.

Tal como o poder público prudentino, o cidadão também está tendo que “se virar” para arcar com suas responsabilidades financeiras. E o maior aliado nesse momento é o controle dos gastos, assunto que o brasileiro tem se tornado experiente. Pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil em parceria com o Banco Central do Brasil divulgada ontem mostra que o número de brasileiros que acompanham e analisam seus ganhos e gastos por meio do orçamento passou de 55% em 2017 para 63% ao final de 2018.

De acordo com o levantamento, entre os mecanismos mais utilizados está o caderno de anotações, com 33% das citações. A planilha no computador é o instrumento preferido de 20% pessoas ouvidas, enquanto 10% registram as receitas e despesas em aplicativos de smartphones. Seja nos moldes antigos ou apelando para tecnologia, o importante é que o brasileiro está entendendo a necessidade de não se perder com suas finanças. E isso, em tempos de crise, é indispensável para evitar problemas maiores.

Publicidade

Veja também