Em dia de jogo, supermercados e cafés têm movimento tímido

Menor procura pela manhã já era esperada pelos proprietários e gerentes de estabelecimentos, uma vez que torcedores teriam expediente mais tarde

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 23/06/2018
Horário 02:00
José Reis - Supermercado teve baixa procura por consumidores durante a manhã de jogo do Brasil
José Reis - Supermercado teve baixa procura por consumidores durante a manhã de jogo do Brasil

Corredores vazios e poucas mesas ocupadas. Este foi o cenário de supermercados e cafeterias de Presidente Prudente na manhã de ontem, em virtude do jogo da Seleção Brasileira contra a Costa Rica durante a Copa do Mundo. O menor movimento já era esperado pelos proprietários e gerentes dos estabelecimentos, tendo em vista que o horário matutino da partida e a retomada do expediente após o apito final fizeram com que muitos clientes preferissem acompanhar a transmissão no conforto de suas casas. Em contrapartida, são altas as expectativas dos comerciantes para a disputa do Brasil contra a Sérvia, na quarta-feira, às 15h, quando a comercialização deve crescer em função do horário mais favorável, que permite aos funcionários bater a saída no ponto eletrônico mais cedo e aproveitar a competição fora de casa.

O gerente do Supermercado Avenida, Joelson Tonietti, aponta que, em relação ao de ontem, o primeiro jogo do Brasil, sediado no domingo à tarde, atraiu um fluxo “muito maior” de consumidores para a unidade. A ocasião era oportuna, considerando que, por ser um dia de descanso, muitos passaram pelo local para comprar carnes e bebidas geladas a fim de garantir o churrasco com a família e os amigos. “Já hoje [ontem], ninguém iria ‘encher a cara’ logo de manhã, porque teria que voltar ao trabalho mais tarde”, expõe. Até o final da Copa, o gerente projeta uma elevação de 20% nas vendas em dias de jogos na comparação com dias normais.

Já o gerente da loja do Supermercado Estrela no centro, Diego Yamasaki, comenta que as unidades da empresa optaram pelo fechamento ao longo da partida por entenderem que o movimento seria muito baixo. “Além das pessoas nem terem saído de casa, há a possibilidade dos nossos funcionários não estarem 100% focados no trabalho por quererem acompanhar o jogo também”, pondera. Assim como Joelson, ele espera melhores resultados na próxima quarta, quando devem aumentar as vendas de carne, cerveja, bebidas geladas, pipoca e refrigerante.

Nos cafés

Embora o horário favorecesse a movimentação em cafés, a procura não foi menos tímida em estabelecimentos do gênero. A franqueada do Scada Café, Leiva Peres, conta que foram poucos os torcedores que saíram de casa para assistir ao jogo. O mais natural é que procurem os estabelecimentos durante partidas realizadas à tarde por não terem mais a obrigação de retornar ao trabalho. Na primeira competição do Brasil, por exemplo, seu café ficou com todas as mesas ocupadas no decorrer das duas horas. “Não há um aumento muito expressivo nas vendas, porque as pessoas não ficarão aqui se não tiverem lugar para sentar. Mas, ao longo de todo o jogo, consigo trabalhar em capacidade plena. Os funcionários não param”, argumenta.

Já o proprietário da Cafeteria Ouro Negro, Rudnei Bernardo, diz que a grande vantagem das competições vespertinas é que os próprios funcionários do shopping acabam fechando as lojas e ficando nos cafés ao invés de retornarem para casa, o que intensifica a movimentação. “Nessa hora, todo mundo se reúne para assistir o jogo e garantir o tradicional café e o pão de queijo com requeijão”, pontua.

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