Domingo de Ramos deve ser celebrado em casa

Sem missa e procissão, devido à pandemia do novo coronavírus, Igreja Católica pede que os fiéis coloquem um ramo no portão; benção será feita pelos meios de comunicação

VARIEDADES - WEVERSON NASCIMENTO

Data 05/04/2020
Horário 05:00
Aline Martins - CNBB pede que todas as famílias católicas deixem um ramo no portão ou porta de sua casa
Aline Martins - CNBB pede que todas as famílias católicas deixem um ramo no portão ou porta de sua casa

Neste domingo, a igreja católica dará início às celebrações da Semana Santa, que neste ano, diante da pandemia do novo coronavírus, serão vivenciadas de forma diferente. Na Diocese de Presidente Prudente, diante do Decreto da Congregação para o Culto Divino, não haverá benção e procissão de ramos, conforme explica o padre e coordenador diocesano da Liturgia, José Altino Brambilla. A benção, por sua vez, será pelos meios de comunicação. Outra orientação é que sejam seguidas as instruções da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a fim de que este momento seja celebrado com fé e segurança. Uma delas é que cada família coloque um ramo no portão ou porta de sua casa.

O Domingo de Ramos celebra a entrada de Jesus em Jerusalém – “Aquele que vem em nome do Senhor” e, para tanto, fiéis em todo o mundo saem em procissão a caminho da vida eterna com Deus. “Os cristãos celebram esse acontecimento imitando as aclamações e os gestos das crianças hebréias que foram ao encontro do Senhor com o canto ‘Hosana’. Neste domingo, na liturgia da palavra, se lê a história da paixão do Senhor. A data é importante porque nós nos associamos ao Senhor na sua entrega de amor livre é inconstitucional ao mundo”, explica o padre.

COMO CELEBRAR O

DOMINGO DE RAMOS

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil convida a todos a viverem de forma muito especial o Domingo de Ramos, mesmo diante da pandemia do Covid-19. Assim, cada família, em suas casas, é chamada a celebrar a data com fé e esperança. Por isso, propõe cinco pontos para ajudar os fiéis na celebração. “ – Rezar pedindo a graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa. – Colocar no portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é uma característica do povo de Deus. – Participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais. – Comprometer-se a, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com ela, ajudamos os mais pobres. – Motivar pelas redes sociais, telefonemas ou outros meios que mantenham o distanciamento social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo”.

“A DATA É IMPORTANTE PORQUE NÓS NOS ASSOCIAMOS AO SENHOR NA SUA ENTREGA DE AMOR LIVRE É INCONSTITUCIONAL AO MUNDO”

José Altino Brambilla

Já no que diz respeito à Páscoa, o Decreto da Congregação para o Culto Divino diz que a festa, dia da ressureição de Jesus, representa a comemoração mais importante do catolicismo, a qual não pode ser transferível e por isso deve ser celebrada mesmo em tempos difíceis. “Coração do ano litúrgico, a Páscoa não é uma festa como as outras: celebrada no arco de três dias, o Tríduo Pascal, precedida pela Quaresma e coroada pelo Pentecostes, não pode ser transferida”.

Logo, nos países atingidos pela doença, onde estão previstas restrições relativas a aglomeração e movimentação de pessoas, pedem que os bispos e os presbíteros celebrem os ritos da Semana Santa sem concurso do povo e num lugar adequado. O decreto pede ainda que os fiéis sejam avisados da hora de início das celebrações, de modo a unir-se em oração nas suas próprias casas. “Poderão ajudar os meios de comunicação por telas ao vivo, não gravados. Em todo o caso, continua a ser importante dedicar um tempo oportuno à oração”.

 

 

 

 

 

 

 

Publicidade

Veja também