Diversificação na produtividade é essencial para o desenvolvimento econômico regional

EDITORIAL -

Data 31/10/2018
Horário 04:08

Um novo estudo divulgado pela Urban Systems elenca Presidente Prudente entre as cidades mais vantajosas para os investidores entre as cem maiores do país. No ranking que analisa os municípios mais bem colocados para “fazer negócios”, a capital regional aparece na 19ª posição, de forma privilegiada entre as 20 melhores colocadas.

O levantamento analisa quatro recortes do tema (desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura). Prudente melhorou o seu desempenho em todos eles, exceto no desenvolvimento econômico – o que demonstra qual das áreas deve ser alvo de investimentos e incentivos pelo poder público.

É notável o esforço do Executivo em atrair mais empresas e novos empreendimentos para a cidade: medidas voltadas para incentivo à inovação foram adotadas bem como a desburocratização e otimização de todo o processo para emissão de alvarás e abertura de empresas no âmbito municipal. No entanto, ainda é necessário encontrar novas estratégias que tenham eficácia mais significativa.

Evidente que nem tudo é de responsabilidade do município, tanto que gargalos profundos como a guerra fiscal fogem totalmente da alçada das prefeituras. Ainda assim, é possível investir vontade política e usar a influência em prol de reformas mais profundas que possam alavancar ainda mais os potenciais do Pontal do Paranapanema e da Nova Alta Paulista.

A região necessita urgentemente de uma diversificação em sua produtividade. O agronegócio, que outrora foi extremamente rentável, hoje já não supre as necessidades regionais e não é capaz de gerar a economia, tampouco de oferecer empregos. A iniciativa privada e o poder público precisam olhar para além do horizonte do “novo desenvolvimentismo” que tem como pilares econômicos a “indústria tradicional” e as commodities.

É possível trazer um novo olhar em termos de competitividade industrial e potencial de desenvolvimento a partir do cenário microecômico e local. Aliás, é ideal que a “experimentação” tenha início em contextos mais controlados e com consequências em menor escala, como uma espécie de laboratório para esse estudo de caso, e a partir do aprendizado com acertos e erros desse novo modelo de economia, fazer um “lobby” mais embasado e fundamentado por sua ampliação. Novos tempos exigem novos métodos e audácia para coloca-los em prática.

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