O abandono atribuído pelos moradores da Vila Mendes ao modal ferroviário de Presidente Prudente aumenta a sensação de insegurança na comunidade local. Uma vez que a linha é constantemente frequentada por pessoas em situação de rua e usuários de entorpecentes, munícipes têm receio de andar nas imediações do trecho e temem que a presença de pessoas mal-intencionadas motive a ocorrência de roubos e furtos. Por esta razão, solicitam a intensificação da ronda policial nas vias do bairro, sobretudo no fim da noite, quando há jovens que retornam da faculdade.
É o caso de Ireni Correia da Silva, 52 anos, que se preocupa com a segurança de sua filha universitária. Ela conta que a jovem desembarca do transporte coletivo no terminal e, de lá até o seu endereço na Vila Mendes, faz todo o caminho a pé, o que a coloca em risco de ser abordada por alguém com segundas intenções. O aposentado João Severino, por sua vez, afirma que sua casa nunca foi alvo de tentativas de roubo ou assalto, mas acredita que, por se tratar de uma vila próxima à linha férrea, os serviços de policiamento poderiam ser de fato intensificados. O aposentado Erionaldo de Castro, 72 anos, diz que sempre vê as viaturas circularem pelo bairro, mas é a favor de ampliar os horários de patrulhamento a fim de mostrar aos ladrões que o bairro é frequentemente monitorado.
Em nota, a Seção de Comunicação Social do 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior) informa que a linha férrea recebe atenção especial do Grupamento de Polícia Montada (cavalaria) e Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta), considerando que suas características territoriais favorecem esse tipo de atuação, cujo foco principal é evitar a utilização e comercialização de drogas ilícitas. Durante alguns horários do dia, há o reforço de algumas atividades, devido ao fluxo de pessoas e veículos, de modo que o policiamento ordinário conta com o apoio da Dejem (Atividade Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Militar), “possibilitando tranquilidade aos transeuntes que se utilizam dos acessos ao bairro”.
A corporação acrescenta que a comunidade pode e deve colaborar com o planejamento das ações policiais, fornecendo informações, inclusive de maneira anônima, e denunciando a presença de pessoas em atitude suspeita e veículos que não são comuns nas redondezas. “Esta aproximação e troca de informações entre a comunidade e polícia evita que delitos como furto e roubo aconteçam”, comenta. Tais denúncias e solicitações emergenciais podem ser feitas por meio do telefone 190, que serão atendidas diretamente pelos policiais militares que efetuam patrulhamento pela vila, ou ainda junto à sede da 1ª Companhia da PM, localizada na Rua Fagundes Varela, 222, na Vila Lessa.
