Diagnósticos de hepatite C caem 18% em Prudente

Nos primeiros sete meses de 2018 a VEM registrou 37 casos, número que caiu para 30 no mesmo período deste ano; porcentagem de cura da doença passa dos 90%

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 04/09/2019
Horário 09:23
Arquivo - Jefferson diz que mais de 90% dos casos da doença são curados
Arquivo - Jefferson diz que mais de 90% dos casos da doença são curados

Os casos de hepatite C registrados em Presidente Prudente nos primeiros sete meses do ano tiveram uma redução de 18,91% se comparados com o mesmo período do ano anterior, caindo de 37 para 30 neste ano. Desde 2015, conforme dados da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), 152 pessoas foram diagnosticadas com a doença, que se caracteriza por uma inflamação no fígado. “Sobre a queda, acredito que pode estar ligada à consciência da população, que tem se cuidado cada vez mais, porém, as ações de combate, como o mês Julho Amarelo, são importantes para a divulgação e orientação”, esclarece o coordenador do programa DST/Aids, Jefferson Saviollo, órgão que cuida das ações de combate no município.

O coordenador lembra que em Prudente a população pode buscar qualquer uma das unidades de saúde, já que todas estão preparadas para os testes rápidos, que levam 15 minutos para o diagnóstico. Os hospitais, mesmo não sendo a porta de entrada principal, também realizam o serviço. “A única coisa que pedimos é que leve um documento com foto. O exame é extremamente seguro e, caso seja positivo, a pessoa é automaticamente encaminhada para o Ambulatório Médico Municipal para o exame da carga viral”, comenta Jefferson. O tratamento, no entanto, é realizado no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.

Mesmo sem a existência de uma vacina para a hepatite C, algumas ações podem ser tomadas como forma de prevenção, já que, de acordo com o coordenador do programa DST/Aids, a doença pode ser transmitida por vias sexuais e pelo compartilhamento de utensílios, como seringas. “Orientamos que em salões, estúdios de tatuagens e tudo o que envolve esse contato com a pele, as pessoas procurem espaços com o alvará de funcionamento e boa higienização. Além disso, o uso do preservativo é indispensável”. A porcentagem de cura da doença passa dos 90%.

Inflamação do fígado

De acordo om o Ministério da Saúde, as hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D e E. No Brasil, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da hepatite C, seguido da hepatite B (21,8%) e A (1,7%). O país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017, dados mais recentes disponíveis. “O SUS [Sistema Único de Saúde] oferece tratamento para todos, independente do grau de lesão do fígado”.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, em muitos casos, não há nenhum sintoma e isso aumenta os riscos da infecção evoluir e se tornar crônica, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. “Este cuidado é ainda mais importante em pessoas que não se imunizaram para hepatite B; ou que têm mais de 40 anos e que podem ter se exposto ao vírus da hepatite C no passado, com transfusão de sangue e cirurgias”.

Sintomas

As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes estão presentes podem ser:

Cansaço;

Febre;

Mal-estar;

Tontura;

Enjoo;

Vômitos;

Dor abdominal;

Pele e olhos amarelados;

Urina escura;

Fezes claras.

Fonte: Ministério da Saúde

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