Desemprego, baixo investimento e oportunidades movimentam cursos

Profissão não para de crescer, segundo gerente da Secvig, Carlos Curado, que diz que entre 2017 e 2018 houve um aumento em torno de 20% no número de alunos

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 31/05/2019
Horário 06:24
José Reis  - Ederson atua como vigilante na Unoeste há dois anos e meio
José Reis - Ederson atua como vigilante na Unoeste há dois anos e meio

O vigilante Ederson Nunes Fonseca, de 38 anos, atua desde os 25 na área e afirma que a profissão promove, a cada dia que passa, uma sensação de bem-estar por saber que é possível, a partir de suas atribuições, ajudar ao próximo, proteger a instituição de ensino que trabalha e, por ser respeitado por colegas, também pela comunidade. A profissão, inclusive, não para de crescer, como comenta o gerente da Secvig, Carlos Curado. “Entre 2017 e 2018 tivemos um aumento em torno de 20% na procura por cursos nessa área, que apesar das dificuldades econômicas do país, não para de crescer”. Ele comenta ainda que é uma oportunidade frente os índices de desemprego, pelo baixo investimento e “futuro promissor”.

Ederson trabalha na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) há aproximadamente dois anos e meio, e afirmou que a inspiração veio ainda de pequeno, já que o pai era militar e o mostrou o lado bom de trabalhar na área da segurança. “Penso que hoje, onde estou, atuamos como uma forma de polícia privada da empresa. Temos contato direto com os alunos para promover a segurança deles, mas também da própria universidade”.  

O vigilante já passou por outras profissões, mas foi nessa que ele se encontrou. Questionado se há lados negativos no ofício, ele comenta que vê a vida com positividade e que não conseguiria atribuir um ponto ruim da profissão. “Vejo, por outro lado, uma crescente na quantidade de pessoas que buscam se capacitar. Diria que a alguns fatos, como ficar, em algumas situações, 12 horas em pé, mas não vejo isso como algo ruim, faz parte da profissão e você precisa estar ciente e gostar do que faz”. A preparação física e a defesa pessoal são atributos mencionados por ele e que candidatos devem ter, além do conhecimento, o que o motivou a cursar Pedagogia e atualmente pós-graduação em Gestão da Segurança Pública.

O supervisor de segurança da Unoeste, Edson Aparecido Torchi Duro, por sua vez, ao responder pela instituição, fala sobre o papel dos profissionais na empresa. “Os vigilantes são de extrema importância, pois trabalham pela segurança dos alunos, funcionários e visitantes dos campi. A função da vigilância é estratégica para a universidade, pois garante a continuidade diária das atividades acadêmicas, sempre com ações preventivas, e também agem imediatamente nas ocorrências, minimizando seus efeitos”.

Área que cresce!

O gerente da Secvig afirma que estes profissionais podem trabalhar em diversas áreas, desde empresas privadas, públicas e até para clientes particulares. Ele comenta ainda que, devido os altos índices de violência e a criminalidade, as empresas estão cada vez mais em busca desses profissionais. “O número de pessoas interessadas em fazer o curso de vigilante também vem aumentando, e os motivos que têm levado as pessoas a procurarem esses cursos são os mais variados. Tem pessoas que perderam seus empregos e buscam novas oportunidades, então aproveitam o momento para mudar de ramo de atividade. Outras, por não estarem satisfeitas com sua remuneração, também veem o setor de segurança privada e por isso acabam procurando nossa academia”.

Na unidade, o curso varia de acordo com o período escolhido pelo aluno, que pode ser integral, com duração de 20 dias, ou noturno, com 50 noites. Com aulas teóricas e práticas, a capacitação tem duração de 200 horas/aulas e é ministrada por profissionais experientes com vivência na área de segurança pública e privada.

“Durante o curso, o aluno aprenderá, entre outros, sobre legislação; criminalística e técnicas de entrevista, além de rádio comunicação; armamento e tiro; prevenção e combate a incêndio; primeiros socorros; defesa pessoal e outros”, afirma o gerente. Sobre requisitos ou habilidades, Carlos ressalta a necessidade de ter 21 anos de idade e não estar respondendo a nenhum processo criminal. 

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