Descida de Rolimã resgata brincadeira lúdica entre pais e filhos no Prudentão

Domingo, em uma das ruas da lateral do estádio em torno de 500 pessoas passaram pelo local e se divertiram a valer em carrinhos individuais ou em carretões

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 06/08/2019
Horário 05:47
Paulo Miguel - Evento contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas, no Prudentão
Paulo Miguel - Evento contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas, no Prudentão

Um brinquedo em que diferenças sociais ou de gênero não existiam. Uma boa ladeira na rua de terra e em cima dele pobres ou ricos, meninos e meninas se divertiam pra valer! Estamos falando do carrinho de rolimã. E no domingo, das 10h às 14h, em uma das ruas da lateral do Estádio Paulo Constantino, Prudentão, em Presidente Prudente, em torno de 500 pessoas passaram pelo local e se divertiram a valer em carrinhos individuais ou em carretões, conforme salientou o presidente do Motoclube 100 Fronteiras, Luis Eduardo “Capilé” Gonçalves.

“A ideia partiu do nosso grupo que em uma conversa comentamos de fazer alguns carrinhos. E nisso nossos filhos e netos adoraram! Na primeira edição esperávamos uns dez carrinhos e para nossa surpresa recebemos o dobro. E foi expandindo pela divulgação, além das publicações do jornal, pelo famoso ‘boca a boca’, um passando para o outro. Damos um intervalo de tempo bom, com cerca de quatro descidas por ano, para que não enjoe”, expõe o presidente do clube.

Capilé é enfático ao falar de boca cheia que a coisa mais gostosa desse evento é ver a alegria das crianças pelo contato físico ali presente com seus pais. “As famílias necessitam dessa proximidade. Desse abraço que acontece na descida do carrinho de rolimã. O pai, literalmente, abraça o seu filho que tanto precisa da sua atenção. Não tem o que pague isso! É preciso sim ter o celular, a tecnologia porque faz parte da geração deles. Hoje não se tem mais tempo para sentar com uma criança e fazer uma casinha, um carrinho porque a vida dos pais está uma loucura. Para nós avós é a oportunidade de fazermos o que não conseguimos com nossos filhos”, exclama o organizador, que agradece a Prefeitura, por meio da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes), que permitiu o uso dos banheiros do estádio para os participantes do evento.

Ele destaca que costumam realizar o evento sempre próximo a datas comemorativas. Esta foi referente ao Dia dos Pais. E, de antemão, já adianta as próximas que estão certas, do Dia das Crianças e de Natal, sempre com uma semana de antecedência.

Cativos ou iniciantes

O torneiro mecânico José Amâncio Alves, de 57 anos, conhecido popularmente como “Banana”, é um dos assíduos participantes que aproveitou a manhã fria para relembrar, segundo ele, “os velhos tempos”. “A gente volta ao tempo. Esquece idade, esquece tudo! É uma terapia. Uma brincadeira saudável que faz bem! Só acho que deveria ter mais vezes, pelo menos uma vez ao mês, em bairros diferentes. A organização é muito boa”, expõe o tio que desceu com a sobrinha, a pequena Heloíse, de 4 aninhos, que adorou a brincadeira.

Iniciante, Berta Lúcia Vianna, que mora em um dos bairros vizinhos ao local, no Jardim Eldorado, foi acompanhada de sua família “viking”, o esposo Eduardo, o filho Leandro, a sobrinha Giullia, além do seu irmão. “Nossa, foi super legal! Fazia tempo que eu não ria tanto! Até nosso cachorro Toddy desceu com a gente [risos]. Não quero perder mais nenhum”, salienta.

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