DER apura atropelamento de felino na Assis Chateaubriand

Imagem nas redes sociais mostra animal morto no acostamento; órgão estuda implantação de novas passagens na rodovia

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 19/10/2018
Horário 06:57
Reprodução/WhatsApp - Felino teria sido atropelado às margens da SP-425, entre Pirapozinho e Prudente
Reprodução/WhatsApp - Felino teria sido atropelado às margens da SP-425, entre Pirapozinho e Prudente

Uma imagem nas redes sociais chamou a atenção ontem, ao mostrar o possível atropelamento de um felino, encontrado morto às margens da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), na divisa entre os municípios de Pirapozinho e Presidente Prudente. O DER (Departamento de Estradas e Rodagens) apura o caso, mas já ressalta que “desenvolve estudos para a implantação de novas passagens e cercas condutoras de fauna” no local.

Como aparentemente não envolveu vítimas humanas, a Polícia Militar Rodoviária informou que não recebeu notificação da ocorrência, bem como a Polícia Militar Ambiental, que por se tratar de morte do animal, relatou que fica a cargo do órgão responsável pela via realizar a retirada.

Por sua vez, além de estudar a possibilidade de implantar novas passagens condutoras, destacou que as existentes também deverão passar por melhorias. Mas “cabe ressaltar ainda que a velocidade máxima praticada na rodovia deverá ser sempre respeitada, igualmente a sinalização de trânsito vigente. O objetivo é garantir boas condições de segurança aos motoristas e usuários”, além dos animais, completou o DER.

Fatores

O ambientalista Djalma Weffort analisa que o animal acidentado pode ser uma jaguatirica, por conta da tonalidade e manchas do pelo, “ou até mesmo um filhote de onça-pintada, o que seria uma perda ainda maior, já que a espécie está ameaçada de extinção”.

A proximidade de animais selvagens, ainda de acordo com Djalma, pode ser justificada por vários fatores, como, por exemplo: desmatamento, consequência dos incêndios que tiveram na região no primeiro semestre, fuga de perseguição por caça, e também pode ser em função do período de reprodução da espécie.

“Mas a análise geral aqui é que a população deveria ter conhecimento de biologia e da conservação. Um atropelamento não significa só a perda do animal, mas também dos ocupantes, em alguns casos. O motorista, sabendo que é época de reprodução, talvez trafegaria com mais cuidado, nas proximidades de matas e trechos de rios”, considera o ambientalista.

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