Cristiano Machado: mídia nacional

Jornalista forjado em O Imparcial teve destacada atuação como correspondente da

PRUDENTE - HOMERO FERREIRA

Data 12/01/2020
Horário 08:30
Jean Ramalho - Cristiano é dono de portal, tem programa de rádio e mantém empresa de assessoria de comunicação e marketing em Palmas
Jean Ramalho - Cristiano é dono de portal, tem programa de rádio e mantém empresa de assessoria de comunicação e marketing em Palmas

Nestes tempos de profusão em comunicação, notícia é um dos produtos. Mas o diferencial é não ser um produto qualquer.  Sua elaboração requer conhecimento e técnicas, domínio e esmero, desde o passo inicial que é a apuração de informações. Condição sine qua non (sem a qual) não se é efetivamente jornalista. O prudentino Cristiano Machado detém esse potencial, por formação e qualificação profissional de quem se projetou no mercado a partir de O Imparcial, alcançou a mídia nacional atuando na “Folha de S.Paulo” e consolidou sua carreira em Palmas, a capital do Tocantins.

Há 11 anos na mais nova unidade federativa do Brasil, com o Estado criado em 1988, Machado atuou no “Portal CT” (sigla de Cleber Toledo, outro jornalista que trabalhou em O Imparcial); chefe da Seagro (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Estado); superintendente de jornalismo da Secom (Secretaria de Comunicação do Estado); presidente da Agência Tocantinense de Notícias, autarquia de coordenação da comunicação do governo e secretariado; e criador do portal “Norte Agropecuário”, que mantém em sociedade com Daniel Machado, jornalista gaúcho.

Primogênito de dois filhos do corretor de imóveis Américo Machado dos Santos e da dona de casa Celvina Santana Santos, irmão do economista Adriano Machado, Cristiano Machado dos Santos nasceu no dia 7 de fevereiro de 1976, numa época em que moravam na Vila Geni, na divisa com o Jardim Eldorado. Anos mais tarde foram para a Vila Dubus e depois no centro de Prudente, a menos de duas quadras de O Imparcial. Localização que contribuiu para que fosse procurar emprego no jornal, já com experiência no rádio e dois meses na “Folha de Região”.

Pelo fato do pai ser ouvinte de rádio, adquiriu esse hábito desde criança. Gostava das transmissões esportivas local com a equipe de Sinomar Calmona e nacional comandada por Osmar Santos, na “Rádio Globo”. Também por influência do pai, que levava seus clientes para fazer escrituras e registros de imóveis nos cartórios, conseguiu emprego no 4º Cartório de Notas, do tabelião José Augusto Strazzer, e depois no 2º Cartório de Registro, de Walter Affonso, na Rua Rui Barbosa, em frente à “Radio Difusora”. Então, no intervalo do almoço ia à rádio para ver os programas no estúdio principal.

INÍCIO COMO

RÁDIO-ESCUTA

Ao comentar com seu pai que tinha encantamento e vontade de trabalhar no rádio, Américo conversou com o narrador esportivo Jurandir Gomes. Surgiu a primeira oportunidade, como rádio-escuta nas transmissões da “Rádio Prudente”. Ouvia três emissoras ao mesmo tempo, transmitindo jogos diferentes e anotando os gols para que o plantonista Lucas Macedo informasse os ouvintes. Somente ao final de um ano daquela experiência, teve a oportunidade de falar no rádio, sendo que todo domingo chegava ao meio dia e só ia embora à noite.

Novamente com a intermediação de seu pai, foi apresentado ao comentarista Wilson Matta e teve a oportunidade de ser plantonista na “Rádio Diário”, nas transmissões do futebol amador, aos domingos de manhã. A chance de atuar como repórter surgiu num jogo noturno em Limeira, entre Internacional e Corintinha. Passado o tempo, fez o primeiro experimento em jornal e o pouco tempo da Folha estimulou ir a O Imparcial, onde obteve emprego como arquivista de fotografias. A primeira vez que escreveu, produziu notas de falecimentos.

Aos poucos foi avançando na escrita, produzindo notas para O Imparcial nos Bairros, até que fez, sozinho, quatro páginas da edição, que seu pai guarda até hoje, sobre a história e a vida dos moradores do Jardim Eldorado. A dedicação ao trabalho e a qualidade do texto resultaram na sua meta de ser repórter esportivo do jornal, com Manoel de Freitas e Valter Rodrigues.  Paralelamente, continuou trabalhando no rádio, percorrendo o interior paulista como repórter, sendo a maior parte do tempo na “Rádio Cidade”, de propriedade de Valdecir Silva e direção de Wagner Montes, jurado de Silvio Santos.

Também teve passagens na equipe esportiva de Gesner Dias em duas emissoras: “Paulista” e “Comercial”. Como jornalista, Cristiano Machado obteve o primeiro registro na condição de provisionado, até que concluísse a Facopp (Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente), onde teve entre os colegas de turma Laerte Silva, Cleber Toledo, Cristiano Oliveira, João Alberto Pedrini, Ticiane Oliveira. Isabele Benito e Maria Paula Limah. Bom aluno e extremamente aplicado, fez o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) mais denso em 24 anos dessa escola de ensino superior.

ESMERO EM

PRODUÇÃO

Durante três anos, pesquisou todo arquivo de O Imparcial, desde sua fundação, em 2 de fevereiro de 1939, até 2001, quando da elaboração do trabalho para o qual também buscou informações junto a historiadores e na FPF (Federação Paulista de Futebol), além de entrevistar jogadores e seus parentes para produzir minibiografias dos 23 jogadores nascidos nos 53 municípios da 10ª Região Administrativa e que atuaram pela Seleção Brasileira. A reportagem em profundidade rendeu mais 500 páginas, com excelente qualidade.

Além de repórter, foi editor de Cidades e do 1º Caderno de O Imparcial, produtor na “TV Fronteira”, repórter geral da “Rádio Prudente”, repórter no “Oeste Notícias” e correspondente por oito anos da “Folha de S.Paulo”, com mais de 400 matérias publicadas, incluindo as que foram manchetes de capa sobre conflito agrário no Pontal do Paranapanema e a onda de ataques da violência organizada, com orquestração a partir do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Abastecido pelas fontes exclusivas que conquistou, saiu na frente dos colegas de profissão em várias ocasiões.

Na cobertura do sepultamento do agente penitenciário Wellington Rodrigo Segura, quando era diretor do presídio de Mauá, em janeiro de 2007, Cristiano Machado tomou a decisão de que iria seguir outro caminho ao ver o pai, o major da reserva Vanderlei Soalheiro Segura, chorar sobre o caixão do filho. Mas, só no final de 2008 foi conhecer Tocantins e no ano seguinte foi com o filho João, então com 14 anos, trabalhar no “Portal CT”. Rick, o filho caçula, ficou em Prudente com a mãe, a comerciária Luciane Vital Queiroz Santos.

Em pouco tempo, a família estava toda radicada em Palmas. Agora, João faz mestrado em Ciências Biológicas na mesma instituição na qual se graduou biólogo, a UFT (Universidade Federal de Tocantins), cujo reitor é o prudentino Luís Eduardo Bovolato. Rick, cujo nome é Jelson Henrique em homenagem ao colega jornalista Gelson Venério, está no último ano do ensino médio. Cristiano Machado se tornou prestigiado jornalista no Estado do Tocatins, onde a versão eletrônica do “Norte Agropecuário” estreia dia 9 de fevereiro na “Rádio Jovem Palmas FM”, após três anos na “UFT FM”.

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