Criança precisa de zelo, amor, cuidado e proteção

EDITORIAL -

Data 04/04/2018
Horário 12:04

Lamentável. Triste. Infelizmente, em pleno 2018, ainda há milhares de crianças e adolescentes que sofrem diversos tipos de violações. São pequenos, indefesos que, muitas vezes, não podem mais ficar em casa, porque o aconchego do lar se tornou perigoso. São pessoas que foram colocadas no mundo para receberem amor e, ao contrário, recebem dor e revolta de quem fica sabendo de tais barbaridades.

É impossível não sentir tamanha violência contra os menores. Seres que nascem só sabendo amar e, em troca, ganham tantos maus tratos.

De acordo com o artigo 277 da Constituição Federal Brasileira, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. E o que faz quando a própria família coloca o pequeno em perigo?

Como publicado neste diário na edição de ontem, em todo o ano de 2017, foram registrados 1.189 casos de violações ao direito da criança e do adolescente em Presidente Prudente pelos conselhos tutelares do município. São praticamente cem ocorrências por mês, as quais são desrespeitados os direitos daqueles que são indefesos, dependendo da responsabilidade e do cuidado de um adulto, que viola esse voto de confiança ao negligenciar necessidades dos jovens ou até ao usar de violência física, psicológica, verbal ou sexual. Analisando as violações de maior destaque, chamam atenção os 178 registros de negligência e maus tratos, 129 agressões físicas, 99 abusos sexuais, além de 66 situações de evasão escolar e 40 impedimentos ao acesso ao ensino. Infelizmente, a maioria dos casos de agressão é realizada dentro de casa, por algum familiar próximo. Isso é inaceitável! Onde a criança deveria se sentir segura, é onde ela se sente acuada, onde ela tem medo. Em alguns casos, os menores precisam ser retirados de dentro do próprio lar, pois já não existe segurança ali. Percebam: não há segurança no próprio lar. Em que mundo estamos? Onde está a evolução? Onde está o amor?

Que estas crianças tenham a oportunidade de conhecerem o amor verdadeiro e recebam a devida proteção de quem é necessário. Mais amor, por favor!

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