Creches municipais continuam paradas em Regente

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 22/02/2018
Horário 17:25

Na manhã de ontem, 45 professores de creches municipais de Regente Feijó e membros do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais realizaram uma manifestação em frente ao Paço da Prefeitura, para reivindicar o reajuste coerente ao piso salarial dos magistrados. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Valdemir Alves da Silva, o prefeito diz que “não vai ter outra proposta acima de 3%”, já que o Executivo excedeu o limite de gastos.

Diante da não aceitação de uma nova proposta para regularizar os salários dos professores das creches, Valdemir afirma que a greve vai permanecer por tempo indeterminado até que o chefe do Executivo ofereça uma proposta aceitável.

O prefeito Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB) reafirma que não tem como dar o aumento que os manifestantes reivindicam devido ao limite de gastos da Prefeitura. Ele frisa que na vigência atual do Estatuto do Magistério de Regente Feijó, os funcionários da Educação obtiveram um reajuste de quase 100% entre os anos de 2013 e 2017. De acordo com Marco Antônio, isso significa que “a folha da Educação cresce diuturnamente”.

Em relação à continuidade da greve por tempo indeterminado, o prefeito diz que não pode levar o município ao estado de “calamidade” e gastar mais do que o previsto em lei. Se acontecer o aumento acima de 3% que foi proposto, as demais demandas da sociedade não poderão ser atendidas.

Na noite de ontem, foi realizada uma assembleia extraordinária para apreciar a proposta de aumento apresentada pelo chefe do Executivo. Até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno sobre o andamento da discussão.

 

Creches sem aulas

Desde a manhã de ontem, os professores de oito creches municipais de Regente Feijó paralisaram todos os serviços prestados a 260 crianças. O motivo que levou os servidores a entrarem em greve é o não pagamento do piso salarial nacional referente ao ano de 2018. O prefeito ofereceu um reajuste de 3% no vencimento, mas os servidores reivindicam um aumento de 6%. Contudo, o chefe do Executivo esclarece que a Prefeitura não tem condições para atender à demanda no momento.

Para o sindicato, a proposta oferecida foi reprovada porque é muito baixa em relação ao piso que o MEC (Ministério da Educação) determina.

O problema que envolve os magistrados e a Prefeitura é antigo na cidade. Nos anos de 2013 e 2014, o poder público não pagou conforme as exigências e os docentes entraram na Justiça para regularizar a situação. Já em 2015, o presidente do sindicato afirma que não houve problemas e que em março de 2016, a regularização começou a ser feita. Apesar disso, no ano passado o valor novamente não foi pago e, em 2018, a Prefeitura se manifestou e disse que não iria implantar o piso porque “a folha de pagamento está acima do permitido”.

Publicidade

Veja também