Corpo de Bombeiros: sonho de criança

Paciente do HR de Prudente, Hemerson José Fercotto Dias, 15 anos, teve a chance de realizar o desejo e de conhecer o trabalho do batalhão de perto

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 15/01/2020
Horário 07:55
Weverson Nascimento - Dia ontem foi especial para o paciente Hemerson, que foi surpreendido pelo Corpo de Bombeiros
Weverson Nascimento - Dia ontem foi especial para o paciente Hemerson, que foi surpreendido pelo Corpo de Bombeiros

Desde pequenos, todos temos sonhos a serem desbravados pela vida. Se você perguntar a uma criança o que ela quer ser, por exemplo, algumas respostas são comuns, como policial, astronauta, médico e, por que não, bombeiro? Aliás, para Hemerson José Fercotto Dias, 15 anos, paciente do HR (Hospital Regional) Doutor Domingo Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente, fazer parte dessa turma que se veste de farda e sai por aí salvando vidas de vítimas de incêndios, afogamentos, acidentes e muito mais, é o maior dos sonhos que ele carrega no peito. Mas, na tarde de ontem, diga-se de passagem, pra lá de especial, ele teve a chance de conhecer um pouco mais o trabalho do batalhão prudentino.

Mas conhecer mesmo, de pertinho. Internado na unidade de saúde há meses, por sofrer de uma síndrome que atinge os pulmões, ele está acostumado com os corredores hospitalares e a cama que dorme. Mas ontem não. Ontem ele teve a oportunidade de ir até o estacionamento do local e dar de cara com um dos caminhões do batalhão, estacionado e pronto para ser apreciado.

E assim ocorreu. Grande, todo vermelho, não tem como não chamar a atenção. De tal forma que até os funcionários da instituição pararam para ver. Mas para Hemerson foi diferente. A apreciação vista de longe mesmo, quando o paciente abriu um sorriso ao fazer um gesto simples: tocar no logo do Corpo de Bombeiros, deu para entender que não se tratava de qualquer sonho.

E não é. “Desde pequeno, desde mais novo, eu assistia filmes e desenhos que apareciam a atividade dos bombeiros e para mim sempre foi uma alegria”, completa. E hoje, na medida do possível, ele continua dessa forma, já que, para ele, a função desempenhada é vista da mesma forma que na dramaturgia, quando as pessoas veem heróis salvando mocinhos. E é daí que vem a motivação. “Eu vejo muita gente cuidando de mim. Então, eu quero ter a oportunidade de cuidar de outras pessoas também”, completa.

Ouvir tal frase enche qualquer um de orgulho e esperança. Imagina a mãe? “Para mim, esse momento é de muita emoção. É único. É um sonho realizado. Ver meu filho tendo a chance de conhecer o trabalho deles e alimentar ainda mais o sonho dele é muito gratificante”, felicita Maria Aparecida Fercotto Dias, 45 anos, aposentada. E reitera: “Desde pequeno ele tem vontade de se tornar um bombeiro e hoje [ontem] ele pode conhecer melhor como funciona”.

E quem cuidou dessa parte foi o primeiro-sargento Rodrigo Cacciatore e o soldado Darci José Amorim do Amaral. Passo a passo eles ensinaram Hemerson sobre como é o trabalho deles, desde receber uma chamada e sair para atendimento, a como agir na hora que chegar à ocorrência. “Foi um dia atípico para nós. É algo que parece simples, mas não tem preço. É um projeto de humanização que temos dentro do batalhão e temos o prazer de sempre fazer. Com ele não foi diferente”, comenta.

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