Nas histórias em quadrinhos, os super-heróis são aqueles que arriscam a própria vida para salvar a comunidade. Mas, no mundo real não é necessário o uso da capa ou das máscaras para que eles sejam reconhecidos. Basta a farda e a coragem para encarar de perto os desafios diários, tarefa designada aos soldados do fogo. Ontem, o 14º Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Presidente Prudente, comemorou 30 anos de instalação e atuação na região. Na trajetória, foram inúmeros os atendimentos realizados, o que salvou muitas vidas. No primeiro semestre de 2019, a corporação atendeu a 12.187 registros, dados catalogados pelas 17 unidades operacionais do grupamento.
O total é a soma das ocorrências de resgate (8.527), salvamento (1.497), incêndio (1.369), prevenção (399), proteção (320) e administrativo (75). Atualmente, o 14º Grupamento atende a 56 municípios e uma população com mais de 900 mil habitantes. Esta é a população que recebe a ajuda dos heróis de fardas há 30 anos. Na época, a corporação era reconhecida como Grupamento de Incêndio, denominação alterada no ano de 1999. Em 2008, houve uma reorganização da área que ficou subdividida em três subgrupamentos: em Presidente Prudente, com área de atuação na Alta Sorocabana; em Presidente Venceslau, atuante no Pontal do Paranapanema; e em Dracena, com prestação de serviços na Alta Paulista.
“Os valores como altruísmo, abnegação, honra, confiança, entusiasmo e determinação daqueles homens que inauguraram os primeiros serviços de bombeiros ecoam até o presente momento na alma e no coração dos profissionais que hoje continuam a escrever a história desta corporação”, pontua o grupamento.
Coração de ferro
Os treinamentos fazem parte da rotina da corporação que, dia e noite, estão de prontidão para atender aos chamados da comunidade. Além disso, trabalhar o psicológico é importante para manter a calma. Na maior parte das ocorrências, é necessário ter o coração de ferro para não cair na emoção, uma vez que estão sempre perto de tragédias.
Constantemente, este diário noticia fatos em que se não fosse o apoio do Corpo de Bombeiros, talvez pudessem se transformar em desespero maior. No entanto, diante dos riscos, a tragédia também pode ser inevitável, mesmo com o esforço dos heróis. Como o caso do soterramento de duas pessoas no aterro sanitário de Indiana, ocorrido em janeiro. Ou, do homem que morreu afogado no Balneário da Amizade, em Prudente.