CORONEL FRANCO: ATUAÇÃO RECONHECIDA

Formado sob a égide da “Constituição Cidadã” sua trajetória tem sido marcada pela aproximação da polícia com a comunidade, alcançando excelentes resultados para região

REGIÃO - Homéro Ferreira

Data 29/12/2019
Horário 04:18
Hugo Palomo - Coronel Franco: 2 anos e meio de atuação frente ao CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior)
Hugo Palomo - Coronel Franco: 2 anos e meio de atuação frente ao CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior)

Além dos militares, civis batem continência ao coronel Franco por sua atuação a frente do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), cuja área de abrangência apresenta menores índices de violência do Estado de São Paulo. A prevenção e repressão ao crime são vistas por ele como resultado da dedicação de policiais “heróis do oeste paulista”.

Esse apreço da sociedade também resulta de outros motivos, vistos pela reportagem de O Imparcial como conquistas do Comando. Umas delas é a expansão territorial de 53 para 67 municípios, com a incorporação, em 2018, do 32º Batalhão em Assis, onde já havia o 18º em Presidente Prudente, 25º em Dracena e o 42º em Presidente Venceslau.

Agora, em abril de 2019, ocorreu a instalação do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais), o que provocou a primeira visita oficial do governador João Doria (PSDB) à região de Prudente, acompanhado do secretário de segurança pública general João Camilo Pires de Campos e do comandante geral da Polícia Militar coronel Marcelo Vieira Salles.

Foram implantados cinco Núcleos de Mediação Comunitária, junto com o TJ (Tribunal de Justiça), em Adamantina, Dracena, Assis, Cândido Mota e Paraguaçu Paulista. Foram criadas as Companhias de Força Tática em Dracena e Assis. Foi implantada a Agência Regional (serviço de inteligência) e o Programa de Reabilitação Equestre em parceria com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

Teve ainda as expansões do Programa de Vizinhança Solidária e do Sistema Órion, ferramenta digital, criada em 2016 no 18º, que dá vazão de ocorrências à rede de proteção social e adotada pelos batalhões no interior e litoral. Existem várias outras medidas de eficiência dos serviços, tais como construções e reformas de prédios.

O CPI-8 detém o Prêmio Gestão de Qualidade 2019, importante reconhecimento institucional. No setor de comunicação, o sistema de rádio passou por digitalização e troncalização centralizada no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar). As relações públicas utilizam diferentes redes sociais e há estreita relação com a mídia.

RECONHECIMENTO

PÚBLICO

O reconhecimento a atuação do coronel Franco inclui manifestações oficiais com homenagens das Câmaras Municipais de Vereadores de Prudente e Assis, com os títulos de Cidadão Prudentino e Cidadão Benemérito. São as máximas honrarias municipais e que extrapolam o pessoal para alcançar a instituição Polícia Militar.

Natural de Assis, nascido em 22 de novembro de 1966, Adilson Luís Franco Nassaro tem uma vida de determinação e arrojo, lutas e vitórias. Aos 3 anos ficou órfão de mãe. Silvia Franco morreu 1 dia após o Natal de 1969, com a doença de chagas. Seu irmão Silvio, tinha 4 anos e meio. Eduardo: 1 ano e meio.

Viúvo, o técnico do DER (Departamento de Estradas de Rodagens), Lúcio Baptista Nassaro pensou em entregar os meninos aos casais padrinhos. Mas os amigos José e Alzira se mudaram para sua casa e junto com Theresinha Francisco, que lá trabalhava, permaneceram cerca de 1 ano ajudando nos cuidados da casa e das crianças. Essas três pessoas contribuíram para manter os filhos juntos.

Vendo o carinho da jovem com as crianças e a dedicação ao pai, a sugestão do casal foi que Lúcio casasse com Therezinha. Isso aconteceu. Além de nova mãe, ganharam três irmãos: Leonardo Regis, Marcelo Robis e Valéria. Criados com dificuldades, mas sem passarem necessidades, todos tiverem bons estudos e fizeram inglês, datilografia e judô.

Silvio é coronel da reserva. Adilson está na ativa. Eduardo é profissional de artes gráficas em Goiania (GO). Leonardo é escrevente do poder judiciário no Fórum de Assis. Marcelo é tenente-coronel em São Paulo. Valéria é professora de biologia, mora em Assis e leciona em Tarumã. Lúcio e Theresinha seguem juntos.

TRAJETÓRIA DE

 SUCESSO

Além do ensino superior na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, Adilson fez direito na FIG (Faculdades Integradas de Guarulhos), especialização em direito penal na Escola da Magistratura, mestrado e doutorado em ciências policiais, no Barro Branco, mestrado em história na Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Assis. O gosto pelos estudos veio de criança, incluindo a leitura.

Como seu pai vendia livros para complementar a renda, havia o estímulo para ler. Embora a casa fosse de madeira, quintal cercado com balaústres e o calçamento externo com tijolos sem rejunte, essa simplicidade ganhava sofisticação nos livros e na música de bom gosto, com alguns instrumentos: clarinete, sanfona (herança do avô) e violão.

Favorecido pela inteligência musical, Adilson aprendia rápido. O suficiente para tocar violão ou cavaquinho nas missas. O possível para dar aulas de violão. O estudo básico foi em escolas públicas e durante o 2º colegial fez também o Seminário Diocesano São José. Na decisão do seu futuro, valeu o conselho do pai e a inspiração do seu irmão Silvio para fazer o Barro Branco.

O amor pela música ficou em segundo plano. Foi abandonado o sonho de tocar em uma das bandas de Assis: Jet Boys ou Mac Rybell, nos tempos da revolução artística e cultural influenciada pelos Beatles. Perdeu a música, ganhou a segurança pública. Notadamente a Polícia Militar, com alguém que, a exemplo de tantos outros, honra a farda que veste.

Na construção da carreira, entre aspirante e coronel, em São Paulo morou no quartel até comprar apartamento na região metropolitana. Usou moto. Seu primeiro carro foi um fusca velho. Atuou em diferentes áreas, viveu situações de troca de tiros com bandidos e do trabalho mais calmo na chefia do Centro de Comunicação Social.

Foi em São Paulo que o descendente de italianos namorou por 8 anos com Dina Lúcia dos Santos, filha dos portugueses Lídia e Fernanda. Casaram e tiveram dois filhos lá: Pietro e Mariana. Por intermédio de três tias maternas, casadas com portugueses, conheceu Dina no grupo de dança Ceifeiras do Alto Minho, manifestação cultural para a qual contribuía tocando violão e cavaquinho.

No vai e vem policial, em funções de comando conduziu o policiamento rodoviário e o Batalhão em Assis, o policiamento rodoviário em Bauru e a comunicação social em São Paulo. Desde junho de 2017 conduz o Comando Regional em Prudente, no qual ficará até fevereiro. Antes, fará as comemorações de 15 anos do CPI-8, instalado em 22 de janeiro de 2005.

Como 5 anos de coronel é o tempo de ir para a reserva, então deixará a ativa ainda novo. Nessa condição, o coronel Franco afirma que buscará dar mais de si para a sociedade, com atuação voluntária e, possivelmente, com trabalho na iniciativa privada. Sobre a política partidária, diante da sondagem de algumas siglas, admite a possibilidade de candidatura a cargo eletivo.

Publicidade

Veja também