Convênio do HRC revela necessidade regional de representatividade política

EDITORIAL -

Data 07/04/2018
Horário 11:35

Com a assinatura de um convênio com o Governo do Estado de R$ 6,8 milhões, será possível operar 100% da capacidade do HRC (Hospital Regional do Câncer) da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. A expectativa é que no segundo semestre seja repassado o recurso, viabilizando a construção do centro de diagnóstico e imagem, elevando Prudente à 3ª maior região de tratamentos em oncologia de todo o Estado.

A conquista deve ser celebrada, mas não sem antes reforçar a importância do apoio do Governo Federal na manutenção da unidade de saúde, que até hoje se mantém exclusivamente com auxílio de emendas e convênios e da contribuição da própria comunidade local. Atualmente a unidade busca o credenciamento junto ao SUS (Sistema Único de Saúde), o que pode acontecer quando enfim estiver operando em toda a sua capacidade.

Espera-se, portanto, que os representantes políticos da região pressionem e exijam que a tramitação desse pleito ocorra da forma mais célere possível, visando a urgência e relevância dos tratamentos ali oferecidos para os munícipes da região. A construção que há alguns anos parecia um elefante branco, necessitando de cifras milionárias para sua conclusão, hoje viabiliza o atendimento a 350 pacientes por dia. O Hospital do Câncer é o exemplo de que, com esforço político, é possível obter grandes avanços.

É inegável enxergar nessa história a relevância de eleger representantes regionais nas eleições proporcionais, sobretudo para as cadeiras de deputado federal ou estadual, como ocorrerá neste ano. Noticiamos em 2014 que 41,3% (quase metade) dos votos válidos dos eleitores da região de Prudente foram para candidatos de outras localidades, os chamados “paraquedistas”. Não à toa a região está entre as mais pobres do Estado e é considerada como uma das “esquecidas”.

Há uma oportunidade única, de mão cheia, de obter um resultado diferente nas eleições de outubro. Em todo pleito, é necessário conhecer as propostas dos que intentam os cargos eletivos, para poder acompanhar sua atuação e cobrar resultados. É ainda mais fácil fazer isso com os candidatos que são conhecidos, acessíveis, e próximos. Não se trata de votar em representantes apenas porque eles são do oeste paulista, mas de aproveitar as opções que podem viabilizar maior desenvolvimento regional, com consciência, e exigir uma conduta íntegra, visando o bem comum da população local.

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