Brasil cotado a ser o maior
fornecedor de alimentos do mundo
“Brasil, celeiro do mundo”. O slogan da era Vargas faz sentido para o futuro, na visão do executivo de uma das empresas mais importantes do setor de agronegócio, o presidente da fabricante de tratores John Deere, Paulo Herrmann. Segundo ele, nas próximas três décadas haverá um reposicionamento mundial dos principais PIBs (Produto Interno Bruto) e nessa nova configuração, caberá ao Brasil o papel de maior fornecedor de alimentos do planeta. Ao falar em Goiânia (GO), durante o 8º Congresso Brasileiro de Soja, Herrmann disse que, nesse contexto, o Brasil alcançará a posição de sexta maior economia do mundo nos próximos 30 anos. Detentor atualmente do nono maior PIB do mundo, o Brasil, segundo presidente da John Deere, até 2050 mais que triplicará a sua economia, que passará dos atuais US$ 2 trilhões para U$ 6,5 trilhões. Nessa projeção, a China atingirá U$ 50 trilhões, Estados Unidos U$ 34 trilhões, Índia U$ 28 trilhões, Indonésia U$ 7,3 trilhões e Japão U$ 6,8 trilhões. A Alemanha ficará atrás do Brasil, com U$ 6,1 trilhões. “Nos vingaremos dos 7 a 1”, brincou o executivo, em referência ao resultado da Copa do Mundo de 2014.
Desafios a serem superados
A capacitação de pessoas é, porém, o maior desafio para o futuro do setor agropecuário no país, segundo a análise do executivo da John Deere. Para ele, drones, tecnologias geoespaciais e inteligência artificial, entre outras tecnologias, já estão virando realidade e farão cada vez mais parte do dia-a-dia do setor produtivo. Entretanto, de nada adiantarão se não houver pessoas capacitadas a trabalhar com essas inovações. Um exemplo citado pelo palestrante é o da quantidade de informações que são geradas diariamente por colheitadeiras e são perdidas por falta de pessoas capacitadas para trabalhar com essas informações. “Está faltando gestão, está faltando profissional para destrinchar esses dados. A tecnologia de máquinas e sementes correu na frente, mas a capacitação de pessoas não acompanhou”, disse.
Investimento na educação
De acordo com Herrmann, o problema só será resolvido com atualização das grades curriculares de cursos técnicos e superiores no país. A maior parte deles continua com a mesma estrutura por décadas e não se adequou às demandas que surgiram no campo. “Precisamos fazer com que nossas instituições se preparem para dar conta de toda tecnologia que já está por aí”, disse ele. “Nosso sistema de ensino, pesquisa e extensão está parado no tempo. Hoje temos dificuldade de encontrar profissionais que tenham capacidade de transformar todos esses números e esses dados gerados pelas máquinas em informação. Precisamos de tecnólogos, nossos institutos federais precisam ser ruralizados e temos de recompor nossa extensão rural”.
Pauta na Assembleia
Nas farmácias
A Lei 16.660/2018, de autoria do deputado estadual Fernando Capez (PSDB), publicada na terça-feira, finalmente autoriza nas farmácias procedimentos como a aferição de pressão arterial, medição de temperatura, inalação, teste de glicemia e furar a orelha. Os estabelecimentos também ficam autorizados a prescrever e manipular suplementos alimentares, medicamentos isentos de prescrição médica, homeopáticos, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e similares. Tudo isso, claro, sob a responsabilidade do farmacêutico. Capez diz que a medida visa destravar o setor, levando em conta que as farmácias são tradicionalmente os locais de saúde mais acessíveis à população e sempre contam com um profissional à disposição para orientação e prestação de atendimento básico de saúde.
Curtas de economia