Consumo de derivados do petróleo cai 6% na região

A Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo divulgou ontem o relatório do Anuário de Energéticos por Município, edição de 2018, que tem o ano passado como referência. De acordo com o levantamento realizado pela pasta, entre os principais energéticos consumidos na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que é a região de Presidente Prudente, a energia elétrica apresentou um aumento de 3,12% de um ano ao outro e o etanol uma variação positiva de 4%. Os derivados do petróleo, por sua vez, registraram uma queda de 6,38%. “Em relação aos aumentos, acredito que possam estar ligados ao aumento da utilização de bens de consumo, como o ar-condicionado, e que elevam a qualidade de vida. Já em relação ao etanol, a procura maior se dá em face dos elevados preços que a gasolina apresentou ao longo deste ano, o que reflete, desta forma, na queda dos derivados do petróleo”, salienta o assessor executivo da pasta, Reinaldo Alves Almança.

Ainda segundo o Anuário de Energéticos por Município, a região de Prudente, composta por 53 cidades, ocupa a 5ª colocação no que diz respeito ao menor consumo energético, com 718.525 TOE (tonelada de óleo equivalente), sendo que a região metropolitana da capital, em nível de comparação, registrou o consumo de 17.027.345 TOE, quase 24 vezes a mais. Individualmente, os dados dos principais energéticos consumidos revelam o seguinte cenário: eletricidade, com um aumento de 3,12% no consumo, ao passar de 143.896 TOE em 2017 para 148.397 TOE neste ano, e o etanol, com a variação de 4% representada pelo aumento de 119.437 TOE para 124.225 TOE. A variação negativa de 6,38% nos derivados do petróleo é resultado da queda do consumo de 476.337 TOE para 445.903 TOE. Desta forma, o total de consumo na 10ª RA no período analisado teve uma queda de 2,8%, já que passou de 739.670 TOE em 2017 para 718.525 TOE.

“A região de Presidente Prudente apresentou o mesmo nível de crescimento se analisar os dois anos em questão, já que se manteve na quinta posição das regiões com as menores quantidades de consumo. Sobre a eletricidade, penso que os detalhes principais poderiam ser melhor explorados pelas concessionárias, mas vejo que o aumento pode estar ligado à utilização de bens de consumo, que melhoram a qualidade de vida, principalmente dos aparelhos de ar-condicionado, que são grandes consumidores de energia”, salienta Reinaldo.

Ainda conforme o assessor executivo, o aumento no consumo do etanol e a queda no consumo dos produtos derivados do petróleo estão interligados, já que a constante variação nos valores da gasolina pode ter feito com que a população local tenha optado pelo uso do etanol, justamente pelo preço mais em conta. “A queda nos derivados do petróleo ocorreu de forma generalizada no Estado, com ênfase na região de Presidente Prudente. De qualquer forma, acreditamos que a expectativa para o próximo ano é em um aumento geral no consumo de energia, de aproximadamente 2,5%, já que 2018 apresenta resultados melhores do que o período de 2017 em questão”, comenta.

A reportagem entrou em contato com as distribuidoras de energia da região para repercutir os números, mas não obteve um retorno até o fechamento desta matéria, já que os números foram divulgados ontem e a reportagem contatou as concessionárias na tarde do mesmo dia.

Comportamento das regiões em ordem de consumo

Fonte: Secretaria de Energia e Mineração do Estado