Cristiane Calçado é mãe de um casal, Luana, de 8 anos, estudante do 3° ano do ensino fundamental, e Bernardo, 12 anos, do 7° ano. Ela e o marido Edmárcio Briguenti, no início deste mês, já passavam em diversas papelarias em Presidente Prudente para a tradicional cotação de materiais escolares. Questionada sobre o porquê de logo depois das festas de fim de ano já buscar os melhores preços dos materiais, Cristiane disse que, na verdade, já estava atrasada, pois muitas mães de colegas dos filhos já tinham realizado as compras ainda no mês de dezembro.
Este adiantamento é uma realidade dos últimos anos, muitos pais buscam realizar as compras antes da virada, principalmente por dois motivos, explicam os proprietários de papelarias. O primeiro: a oportunidade de utilizar o décimo terceiro salário para as compras. O segundo: O temor de que em janeiro, alta temporada, os preços dos materiais escolares subam.
É fato que, atualmente, a concorrência no mercado de materiais escolares está cada vez maior, e não é absurdo encontrar discrepância de preços na casa dos 15% ou 20%. Lojas de R$ 1,99 e de departamentos já concorrem fortemente com as tradicionais papelarias, mas algo que ainda é destaque na compra é lembrar que mais do que custos, é preciso observar os benefícios.
A proprietária da Papelaria Imperial, Hilda Ramos, 59 anos, afirma que mais que um gasto de início de ano, a compra de materiais escolares é um investimento na educação, pois, além da importância que possuem, devem durar o ano todo. “Não se pode buscar somente o menor preço, mas também a qualidade, que é segurança para as crianças”, salienta Hilda.
Sobre o setor, a empresária afirma que as expectativas estão bastante favoráveis para 2020, tendo em vista que uma melhora tímida já se mostrou em 2019. “Desde setembro, momento em que as escolas abrem as matrículas, nós já montamos nossa linha de material escolar”, explica Hilda, confirmando a tendência da compra antecipada.
Da mesma forma, o gerente financeiro da Gráfica Prudentina, Ewerton Castro, 36 anos, garantiu que tem boas expectativas. Ele enfatiza que o setor de papelarias sofreu pouco as crises dos últimos anos. Ewerton também tranquiliza os clientes, salienta que o setor teve alterações muito pequenas nos preços, “nada que surpreenda”. Segundo o gerente, o movimento na papelaria aumenta 70%. “Cinco meses normais, dá um janeiro para nós, é o nosso Natal”, completa, enquanto diz que até 6 de fevereiro o movimento é crescente.
