Como organizar os gastos natalinos?

Economista traz regras de ouro para realizar as compras de fim de ano sem comprometer o orçamento doméstico

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 21/11/2019
Horário 08:19
 Marco Vinicius Ropelli - Tânia e o marido vão viajar, mas já planejam maneiras de poupar
Marco Vinicius Ropelli - Tânia e o marido vão viajar, mas já planejam maneiras de poupar

Quem dera o Papai Noel fosse o responsável pelos presentes de Natal, assim os pais não precisariam se preocupar com os preços que a cada ano parecem mais desproporcionais os salários. As coisas são, entretanto, mais realistas. Enquanto se aproximam as datas festivas de dezembro, aumentam, também, as propagandas temáticas, as vitrines cheias de brinquedos, roupas, um prato cheio para a compulsividade.  Então, iniciando as regras de ouro: não seja impulsivo.

A economista de Presidente Prudente, Josélia Galiciano Pedro, 47 anos, afirma que na hora das compras, um autoquestionamento é fundamental: “Posso comprar isso sem atingir a renda familiar?”. Se a resposta for não, não compre, orienta a especialista. Ela pontua que o planejamento financeiro das famílias deve vislumbrar as despesas de início de ano como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores), materiais escolares e afins.

É hora da próxima regra: pesquisar antes de comprar. “A pesquisa primordial para pagar o menor preço”, salienta Josélia. Mary Diane Aparecida Pitrowski, 31 anos, estava com a filha passeando no calçadão de Prudente. Ela já observava nas lojas o preço de possíveis presentes. “Neste ano, devido à crise, o valor para o presente terá que ser menor”, afirma Mary, que enfatiza o grande número de desempregados em todo Brasil.

Josélia concorda que há vantagens na compra em lojas físicas, como ter contato com o produto e levá-lo para casa logo após a compra. A internet, entretanto, costuma oferecer menor preço. “Se for possível aguardar, os sites confiáveis costumam ser mais interessantes”, completa.

A última regra: prefira pagar à vista ou parcelar sem juros. A economista não tem dúvidas que o pagamento à vista tem vantagens, desde 1% de desconto, o produto já se torna mais rentável, para isso, vale retomar a ideia do planejamento financeiro, feito com antecedência. Caso o cliente não possua recursos, o pagamento parcelado é opção, mas evitar os juros é importante. “Os juros acabam encarecendo o produto, não vale a pena”, enfatiza.

Tânia Resende e o marido vão viajar neste Natal. Vão a Aracaju (SE), mas antes, claro, é preciso renovar as roupas, calçados, levar presentes. “Pretendemos gastar o mínimo possível, vamos de ônibus, pois meu marido já ganha a passagem devido à idade”, diz Tânia. Apesar de a precaução ser endêmica nas ruas, Josélia garante que este ano será melhor que o anterior para o comércio, e a tendência é a retomada da economia nos próximos anos.

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