Comércio de Prudente estuda dar férias coletivas

Para Sincomércio, medida tem intenção de amenizar os impactos financeiros: déficit deve chegar a R$ 2 milhões

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 22/03/2020
Horário 05:29
Arquivo - Vitalino Crellis: "Foi a melhor alternativa que encontramos"
Arquivo - Vitalino Crellis: "Foi a melhor alternativa que encontramos"

A partir de amanhã, e durante 15 dias, o Decreto 3.747/2020 determinou que o comércio prudentino deve fechar as portas. A ideia segue o exemplo de diversos locais do Estado e do país, como uma maneira de tentar conter a transmissão do novo coronavírus. Diante disso, o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região) estuda a aplicação de férias aos trabalhadores que compõem a categoria, durante esse período.

É o que afirma o presidente Vitalino Crellis. Para a reportagem, ele explica que a medida vem com a intenção de amenizar os impactos financeiros que o fechamento pode trazer. “A gente entende que as pessoas estão desesperadas, que o medo existe. Mas e as contas, como ficam? Quem vai pagar? Vai ficar sem pagar?”, lamenta. Ele estima um déficit de R$ 2 milhões nas duas semanas.

Sendo assim, o presidente complementa que o possível adiantamento das férias “forçadas”, de 15 dias, é a melhor alternativa que enxergam. Para tanto, o Sincomércio e o sindicato dos trabalhadores vão se reunir amanhã, a fim de determinar ou não a situação.

Por sua vez, e pensando nisso, o presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, aproveita a oportunidade para lembrar que estamos enfrentando um momento crítico, então, é preciso existir a “a consciência do empregador e do empregado”.

Com isso, ele reforça que a quarentena não deve ser encarada como um descanso e uma possibilidade para a exposição nas ruas. “Todos vamos abrir mão de alguma coisa. Mas a gente tem que ver o que está acontecendo no mundo e se convencer de que estamos fazendo o melhor”, considera.

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