Comércio: chance de ter a carteira assinada

Com a chegada do fim do ano, estimativa do Sincomércio é que 250 vagas de trabalho sejam criadas

PRUDENTE - PEDRO SILVA

Data 15/10/2019
Horário 04:00
Paulo Miguel - Para entidades do comércio, 13º salário e FGTS devem ajudar a aquecer as vendas
Paulo Miguel - Para entidades do comércio, 13º salário e FGTS devem ajudar a aquecer as vendas

O ano está acabando, e com o fim dele junto vem a data mais importante para o comércio, o Natal. As vendas aumentam nesse período, assim como a necessidade de maior pessoal nas lojas. Essa época traz grande oportunidade para aqueles que procuram um emprego. Segundo o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, é esperado que 250 vagas sejam criadas com a chegada dos meses de novembro, dezembro e janeiro, 130 a mais que no mesmo período de 2018.

De acordo com a entidade, cerca de 800 currículos já estão em análise para suprir as vagas. “Muitas empresas disponibilizam capacitação nesse momento, mas as contratações crescem no mês de novembro. Tudo depende da movimentação do comércio, esperamos grandes vendas”, pontua Vitalino.

Por sua vez, Ricardo Anderson Ribeiro, presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), comenta que, durante o ano, é natural que as lojas não contratem novos funcionários nos meses intermediários, por isso, nesse período, necessitam rapidamente buscar e renovar o pessoal. “Há lojas que contratam de 10 a 12 funcionários para atender a demanda de clientes”, aponta.

50% CONSEGUEM

EFETIVAÇÃO

O presidente do Sincomércio diz que 50% dos profissionais temporários se efetivam após o período de festas. Ele pontua que aqueles que apresentam disponibilidade e dedicação ao cargo têm mais chances de continuar na empresa para um emprego fixo. As vagas mais ofertadas geralmente são de caixa, vendedor, auxiliar de comércio e office boy.

“O desemprego é um problema, e hoje a contratação ocorre de um jeito diferente, pelo trabalho intermitente, onde se trabalha por um período determinado, quando existe mais demanda. Isso facilita na contratação, porém, geralmente, as pessoas não são efetivadas. São muitos encargos e burocracias, e o comerciante não consegue contratar muito”, comenta Vitalino.

EXPECTATIVA

DE MELHORA

As duas entidades declaram que o ano não foi de grande ajuda para os comerciantes, porém, acreditam que a melhora está vindo. “Estamos nos estabilizando, e com o 13º salário e o fundo de garantia, as pessoas voltaram a consumir”, afirma o presidente do Sincomércio. “Tivemos um crescimento de 1% no setor. É pequeno, mas já é alguma coisa, é muito importante”.

“Basicamente estamos em uma fase ruim para a economia, mas o governo está tentando reaquecê-la, principalmente no comércio”, pontua Ricardo Anderson. “Temos um olhar otimista sempre, esperamos que as vendas aumentem 2% em relação ao ano passado, e temos confiança no consumidor, porém, se ele não confia na economia, não gasta”.

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