Com desenvolvimento econômico região teria maior qualidade de vida

EDITORIAL -

Data 20/07/2018
Horário 04:00

Mesmo sendo considerada uma das regiões mais pobres do Estado de São Paulo, Presidente Prudente foi eleita pela Revista Bula como uma das 20 cidades mais “felizes” do país. O estudo, apesar de não seguir critérios científicos, fez uma seleção com base no cruzamento de dados de pesquisa sobre qualidade de vida, segurança e estabilidade financeira. Esses “trunfos” do município são frequentemente utilizados por representantes de segmentos comerciais para incentivar os investimentos na região.

Ainda assim, apesar das estratégias de marketing e dos incentivos fiscais, a grande parte da fonte de emprego e renda na região vem dos setores de comércio e serviços. No entanto, esses segmentos são os principais afetados durante qualquer crise econômica. Isso porque, a primeira coisa a ser “refreada” pela população é justamente o consumo de bens duráveis e a “economia” dos investimentos em alguns serviços considerados “supérfluos”.

Nenhuma economia sólida pode se basear tão profundamente em uma única forma de arrecadação. Ainda que a indústria fosse a mola propulsora do equilíbrio financeiro regional, esse segmento também seria afetado, visto que o desestimulo do consumo diminui também a produção industrial. Trata-se, portanto, de um cenário macroeconômico extremamente complexo que não pode se basear em um único pilar ou sequer em um tripé econômico. É preciso ampliar o know-how em diversas áreas, e isso exige investimento, planejamento e um tremendo esforço político.

As capacidades são diversas, passam pela reativação de modais desativados (como ferrovia e hidrovia), investimentos no complexo da saúde (como o pleno funcionamento do Hospital Regional do Câncer), maior atenção para os potenciais turísticos (religioso, cultural, de negócios e até riquezas da natureza) e tantos outros aspectos que poderiam viabilizar um crescimento do oeste paulista. É importante que a população regional, ao invés de menosprezar o oeste paulista e migrar para outras regiões buscando desenvolvimento profissional e financeiro, comece a cobrar dos dirigentes locais ações efetivas a curto, médio e longo prazo para um efetivo desenvolvimento.

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