Cobrança de taxa pesa no bolso do consumidor

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 08/02/2018
Horário 11:36

Quando o assunto são as caçambas e a destinação final dos resíduos de construção e demolição em Presidente Prudente, a inclusão da taxa de descarte é motivo de preocupação entre os consumidores e empresas transportadoras. Isso porque, conforme divulgado por este diário, o valor final da contratação do serviço teve um reajuste em 66%. Para o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), a medida não pode ser enfrentada como uma cobrança surpresa, já que o fechamento do aterro sanitário municipal era noticiado e esperado pela população e também pelo setor.

O diretor-adjunto regional do Sinduscon, Marcos Cesco, ressalta que o preço da locação das caçambas não sofreu variação, uma vez que o acréscimo no valor se dá pela taxa de descarte cobrada para a destinação final dos entulhos. “O caos só não foi maior, pois a Cooperen (Cooperativa para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil) estava em funcionamento e pronta para receber a demanda”, lembra.

Questionado sobre a inclusão dos novos valores, Marcos diz que como qualquer mercadoria com elevação nos preços, o setor de obras também sofre com os impactos trazidos pelas novas cobranças. “Vejo, porém, que as taxas são justas, uma vez que o descarte precisa ser feito em local adequado e de maneira que não prejudique o meio ambiental. Com isso, o serviço requer custos de manutenção, bem como funcionários que realização a triagem. Não basta jogar os entulhos, a cobrança não é abusiva”.

 

Pesa no orçamento”

Com uma obra parada há alguns meses, o gerente do Posto Brasil, em Presidente Prudente, José Aparecido da Silva, retomou as atividades da construção e ao buscar pelo serviço de caçambas foi “pego de surpresa”. “Costumava gastar entre R$ 80 e R$ 100 com o aluguel, mas tive que pagar R$ 100 para a empresa e outros R$ 60 que foram cobrados pela destinação”, afirma. O valor final de R$ 160 não agradou o gerente, uma vez que para o estabelecimento já fez orçamentos e precisará de outras cinco unidades para a realização das melhorias no local.

Já o responsável por uma construtora de Presidente Prudente, que preferiu não se identificar, afirma que os gastos com o aluguel de caçambas dobraram nos últimos dias, já que passaram de R$ 100 para R$ 200, mas a proibição do descarte no aterro sanitário municipal não foi visto com maus olhos pelo setor. “A Prefeitura recorrer é uma atitude válida para diminuir o caos momentâneo, mas precisamos saber que nos adaptar é bem mais fácil do que retomar o meio ambiente prejudicado. O gasto não era esperado, mas não temos opções”. O responsável diz ainda que não teve obras atrasadas com os impasses dos últimos dias.

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