Civil conclui primeira fase da operação “Dedo Podre”

Polícia representou pela prisão preventiva de quatro pessoas, integrantes de uma associação criminosa que transferia documentos para outros Estados, mediante pagamento

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 08/08/2019
Horário 16:06

Hoje, a Polícia Civil do Estado de São Paulo, por intermédio da DIG/Dise/CIP (Delegacia de Investigações Gerais/Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes/Centro de Investigação Policial), da Delegacia Seccional de Dracena, concluíram as investigações sobre a primeira fase da operação “Dedo Podre”. Foi apresentado à Justiça o relatório final do inquérito policial onde, dentre outras providências, foi representado pela decretação da prisão preventiva dos acusados a fim de que aguardem preso até o julgamento a ser realizado.

O inquérito policial instaurado teve a finalidade de apurar a conduta dos quatro integrantes da associação criminosa que transferia ilicitamente para outros Estados, mediante o pagamento de propina e declaração falsa de endereço, CNHs de condutores de veículos com registro no Estado de São Paulo, apenados administrativamente ou em futuras penas, a fim de escapar da responsabilização administrativa.

Ainda, durante a tramitação do inquérito, além dos 107 condutores de veículos que já haviam sido constatados, foram identificadas outras 24 pessoas que também transferiram de maneira criminosa suas CNHs, totalizando nesta primeira fase 131 condutores envolvidos. Verificaram-se transferências para o Estado do Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO), Paraná (PR) e Pará (PR).

Para cada um dos condutores de veículo será instaurado inquérito policial autônomo, visando a apuração de delitos de falsidade ideológica e corrupção ativa, sendo, ainda, representado pelo bloqueio e apreensão das CNHs obtidas de maneira ilícita. A prisão temporária dos quatro acusados de integrar a associação criminosa, que venceria na segunda-feira, já havia sido prorrogada por mais cinco dias pela Justiça, a qual acatou representação das autoridades policiais.

Segunda fase

Hoje, a Polícia Civil deflagrará a segunda fase da operação. Com base nos documentos e objetos apreendidos, foi possível catalogar aproximadamente outros 2 mil condutores de veículos que figuraram em todo o conjunto probatório analisado.

Serão realizadas consultas junto aos sistemas informatizados dos órgãos de trânsito a fim de apurar se adotaram os mesmos procedimentos ilícitos de transferências de CNHs e se utilizaram ou não os “serviços” da associação criminosa.

Se constatada a transferência para outro Estado a fim de escapar da responsabilização administrativa, serão instaurados inquéritos policiais em desfavor desses condutores de veículos, a fim de apurar a conduta criminosa, e também terão apreendidas e bloqueadas, administrativamente, suas CNHs em razão da fraude/ilícito empregado.

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