Cidadãos devem chamar para si responsabilidade por melhorias

EDITORIAL -

Data 09/06/2018
Horário 11:56

Em pleno ano de eleições, uma das mensagens mais propagadas é o cuidado que o eleitor deve tomar ao escolher seus representantes na esfera política. Nada mais justo, afinal, de nada adianta panelaços, protestos e ações semelhantes, se na hora do voto muitos não fazem o mínimo: pesquisar e conhecer a fundo a plataforma e a história dos candidatos. No entanto, será que isso basta para que a qualidade de vida da população, de fato, melhore?

Obviamente não. As pessoas precisam parar de delegar todas as responsabilidades para os outros. Devem parar de acreditar que somente os políticos têm a incumbência de cuidar e zelar pelo bem-estar das comunidades. É preciso chamar para si tal obrigação. Claro que a corrupção e a má administração da coisa pública, tão arraigadas no país, são os principais causadores dos péssimos serviços oferecidos à população, ao custo de impostos elevadíssimos, que corroem o orçamento das famílias.

Mas, mesmo diante de tanta roubalheira dos cofres públicos, cada um pode e deve fazer a sua parte e pensar no próximo. Um exemplo pode ser conferido na edição de hoje. Trata-se do aposentado e líder comunitário João da Rocha Teixeira, que há mais de 60 anos não cansa de buscar melhorias para o bairro em que vive: Vila Maria/Vila Nova Prudente. Personagem da seção Personalidades deste sábado, “seu João”, como é conhecido, coleciona duas pastas com documentos que tratam dos interesses públicos, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente, ações que renderam a ele, em 2015, a denominação de uma praça, área de lazer, com seu nome, por meio da Lei 8.893/2015.

Para que as coisas melhorem, é preciso arregaçar as mangas. Esperar que tudo “venha de bandeja” não fará com que a situação do país saia deste estado caótico e lamentável. Enquanto em países desenvolvidos, como o Japão, as crianças são responsáveis pela limpeza da escola, inclusive dos banheiros, no Brasil, as pessoas insistem em jogar o lixo na rua, entupindo bueiros e, depois, culpando os políticos pela sujeira e enchentes. É preciso que cada um se conscientize de seu papel de cidadão, e lembrar que ao apontar um dedo para o outro, outros três estão voltados para ele mesmo.

Publicidade

Veja também