Quem nunca ouviu a história do casamento da dona baratinha, principalmente musicalizada na voz do cantor brasileiro Tom Zé. Pois é. A história infantil ganhou um novo formato há 1 ano e meio quando a Cia de Teatro Varanda Produções Teatrais trouxe “O Casório de Floripe” para os palcos, dos quais o do auditório do Sesi do Furquim também recebeu. No dia 6 de agosto, a companhia faz duas apresentações, uma fechada para entidades sociais de Presidente Prudente e região e outra aberta ao público. Além disso, realiza uma oficina formativa para educadores e professores que já fechou as 30 inscrições.
A apresentação faz parte de um projeto aprovado pelo Proac (Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo) que engloba seis cidades das quais Prudente é a quarta a receber o espetáculo. Segundo a produtora e atriz da peça, Fernanda Missiaggia, no projeto enviado para o programa foram estabelecidas duas apresentações e uma atividade formativa, a oficina “Multiplica Teatro”.
De acordo com a mediadora cultural do Sesi, Hilda Pereira de Souza, é um orgulho poder ceder espaço para o desenvolvimento de um espetáculo como este. Uma vez que conforme ela, a arte cênica, assim como todo tipo de arte, ajuda a evolução pessoal das pessoas.
“Algumas se tornam mais comunicativas, mais desinibidas. É importante que, principalmente as crianças tenham este contato, e nesse caso, dar a chance de entidades assistirem teatro, sabemos que arte transforma as pessoas, e com este alcance contribui ainda mais”, expõe Hilda.
Casando a baratinha
Segundo Fernanda, o espetáculo é totalmente baseado na história infantil. A barata Floripe está a procura de um pretendente, por isso, anuncia nos jornais e começa uma busca por um futuro marido. “Quando ela menos espera aparecem dois pretendentes que começam a fazer de tudo para conquistar o coração dela. A história gira em torno desse mistério, sobre qual dos dois a Floripe irá escolher”, revela.
Ainda de acordo com a atriz, as apresentações por meio do Proac começaram em janeiro deste ano com um elenco que é composto por ela e pelos atores João Darte e Guilherme Hernandes – que há 7 anos fundaram a companhia.
“As crianças, o público em geral, se envolvem muito com a peça, se divertem. Acredito que por ser uma atração que utiliza máscaras, faz com que eles se encantem e entrem verdadeiramente na história que apresentamos”, frisa Fernanda.
Semeando a arte
Fernanda revela que é a primeira vez que a companhia desenvolve uma oficina. Conforme ela, decidiram realizar a “Multiplica Teatro” para disseminar a arte cênica no meio social. “Crianças são nosso público do futuro, então, passar esse ensinamento para os educadores e professores é uma forma de fomentar essa arte nas escolas que hoje, infelizmente, é menosprezada no país”, ressalva.
Sobre o conteúdo da oficina, Fernanda adianta que serão jogos que podem ser realizados em qualquer local e que incentivam a criatividade, trabalho em grupo e improvisação. A meta é fazer com que as crianças aprendam coisas de forma lúdica.
“A oficina é muito legal, professores que já participaram nos dão um feedback, dizem que ajudou muito na forma de passar conteúdo em sala”, pontua a atriz.
Moral da história
Fernanda denota que a principal mensagem que a peça quer passar para as crianças é que hoje em dia, com a internet e redes sociais, o amor tem sido banalizado. “Queremos mostrar que o que importa mesmo para ser feliz é ter amigos de verdade e amores verdadeiros, independente da classe social ou de bens materiais”, enfatiza.
Além disso, conforme a atriz, o teatro é essencial para esse papel de mensageiro tendo em vista que é uma arte viva. Isso faz com que mesmo que o espetáculo exista há 20 anos ele nunca fique repetitivo, a conexão com o público é única. “O formato é o mesmo sempre, mas os detalhes são diferentes. Essa é a grande magia do teatro, passar mensagens e se conectar com as pessoas”, acentua.
Sobre o papel da cultura na sociedade, de acordo com ela, é essencial enquanto formação de indivíduos. Embora seja um setor menosprezado pelo coletivo, conforme a atriz, o mundo é afundado em várias linguagens culturais e possibilita a propagação de mensagens. “Muitas vezes as crianças aprendem coisas apenas vendo uma peça e nem se dão conta, é de forma lúdica e inconsciente e como isso se torna, aos poucos, uma pessoa melhor, mais sociável”, relata.
Serviço
As apresentações serão no auditório do Sesi do Furquim localizado na Avenida Doutor Ibraim Nobre, 585, Parque Furquim, Presidente Prudente. A única apresentação que ainda possui lugares disponíveis é a segunda do dia que ocorre às 15h. Para reserva de lugares basta entrar em contato com a unidade Sesi pelo número: (18)3901-8101 ou (18)3901-8102.
(((Box)))
Primeira apresentação
Horário: 9h30 às 10h30
Público:
60 crianças da Apae (Associação de Pais e Amigos)
20 crianças e 3 adultos da Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais)
30 crianças do Cras de Álvares Machado (SP)
Situação: esgotado.
Segunda apresentação:
Horário: 15h às 16h
Público:
30 crianças do Cras de Álvares Machado.
20 adolescentes e 3 educadores da Fundação Mirim de Regente Feijó (SP)
25 participantes da Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais)
Situação: 45 lugares disponíveis para público aberto.
Oficina “Multiplica Teatro”
Horário: 17 às 19h
Local: Sesi do Furquim
Situação: esgotado.
(((Box 2 )))
FICHA TÉCNICA
Gênero: Teatro de máscaras.
Modalidade: Infantil.
Classificação: Livre para todas as idades
Duração: 45 minutos
Direção e Cannovaccio: Guilherme Hernandes
Concepção e escultura de Máscaras: João Darte
Confecção em Cartapesta: Guilherme Hernandes, João Darte e Fernanda Missiaggia
Pintura de Máscaras: Laura Barbeiro
Elenco: Fernanda Missiaggia, Guilherme Hernandes e João Darte
Orientação Artística: Fernando Martins
Preparação Corporal: Will Saint’Clair
Iluminação: Murilo Gussi
Fotografia: Bruna Borges
Vídeo: Marcelo Araujo
Costura: Nivete Menani
Produção e Pesquisa: Varanda Produções Teatrais
Realização: Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura – ProAC
Programa de Ação Cultural