Central conta com 1,7 mil voluntários cadastrados

Conheça as ações praticadas por algumas pessoas que doam seu tempo em prol do próximo; solidariedade é a palavra de ordem

PRUDENTE - PÂMELA BUGATTI

Data 06/12/2018
Horário 08:33
Cedida/Paulo Opa - Victor e Ana fazem parte do projeto Operação Alegria; eles visitam pacientes em hospitais
Cedida/Paulo Opa - Victor e Ana fazem parte do projeto Operação Alegria; eles visitam pacientes em hospitais

O intuito do trabalho voluntário é trazer benefícios que contribuam tanto para a sociedade, como para as pessoas que estão praticando as tarefas. O voluntariado visa promover soluções de incremento, criar resiliência e fortalecer a preparação e o desenvolvimento de todas as pessoas que se dedicam ao próximo. Atualmente, a Central de Voluntários de Presidente Prudente, que surgiu em 1999, conta com aproximadamente 1,7 mil cadastrados dispostos a contribuir com a sociedade em prol da solidariedade e 26 entidades. De acordo com a coordenadora Antônia Maria Braz, 58 anos, a contribuição é tanto econômica quanto social, acarretando em uma sociedade mais conexa, por meio da construção da confiança e da reciprocidade entre as pessoas que praticam esse gesto solidário. Ontem foi comemorado o Dia do Voluntário.

Antônia aponta que é importante centralizar os dados, pois existe a oferta e a demanda, facilitando para quem está procurando e quem está ofertando o ato de solidariedade, além das capacitações que são oferecidas nas instituições, a fim de proporcionar a preparação do voluntário para as entidades. A prática pode ser feita por qualquer pessoa maior de 18 anos, que esteja disponível para desenvolver a ação. “Basta ter boa vontade”, pontua. O interessado deve comparecer na Central de Voluntários de Presidente, localizada na Rua Rui Barbosa, 573, centro, portando um documento com foto.

Se doar

A aposentada Sonia Alves Macedo, 63 anos, conta que é voluntária no projeto Almofadas do Coração, que nasceu em setembro de 2015, com o objetivo de confeccionar almofadas para amenizar a dor das mulheres que operam do câncer de mama. “Em dezembro de 2015, eu descobri que a minha irmã estava com câncer de mama. Isso só me fez perceber que eu tinha feito a coisa certa”, expõe. Sonia complementa que conheceu o trabalho pela internet e procurou desenvolver tudo sozinha, mas foi muito trabalhoso. “Por isso, busquei ajuda das minhas amigas e, juntas, decidimos criar um evento para fazer com que o projeto fosse visto e crescesse”. A iniciativa produz por ano, cerca de 620 almofadas e ajuda aproximadamente 30 pessoas por semana na causa. A escolha pela almofada é significativa. “Ela impede o inchaço”, explica.

O vendedor Victor Faustino, 18 anos, conheceu o trabalho voluntário em 2015, e hoje contribui com a prática em duas ações: em uma delas – O Projeto Evangelístico Operação Alegria - ele se maquia de palhaço e vai aos quartos de hospitais alegrar os pacientes; e na outra faz visitas em bairros carentes. Para ele, o importante, antes de tudo, é fazer o bem para as pessoas, dedicar-se a quem precisa e levar amor e a palavra de Deus. “Eu não consigo descrever o quão importante essas ações são para mim. Nelas, eu presenciei e aprendi muitas coisas, situações que vou levar para a vida inteira, algumas boas e, infelizmente, outras ruins”, declara o vendedor.

Por ter um olhar voltado para a pedagogia hospitalar, a estudante Ana Claudia Alves Mungo, 42 anos, que também integra a Operação Alegria, relata que se apaixonou pela prática. “Não vamos só levar a alegria, mas levamos Deus”, comenta ela, que há três anos se dedica ao próximo. Ela reforça que pensar no semelhante é transformar um momento tão difícil em uma oportunidade de transmitir esperança. “Ser voluntário me transforma como ser humano”, ressalta.

SAIBA MAIS

A data que comemora o Dia Internacional do Voluntário foi instituída em 1985, pela Assembleia Geral das Nações Unidas. A data foi criada com objetivo de atender toda esfera da sociedade. Os voluntários, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), são pessoas com espírito cívico e interesse em ajudar as pessoas, sem receber qualquer tipo de remuneração pelo serviço prestado.

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